Miranda diz ter provas de que Bolsonaro citou Barros em conversa sobre Covaxin

Apesar de declarar que não teria gravações da fala, o deputado federal afirmou que não teria problema nenhum em comprovar as existência do diálogo

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) revelou ter provas de que presidente Jair Bolsonaro citou o nome de Ricardo Barros (PP-PR) após ele ter feito denúncia sobre possíveis irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde. A fala foi dada durante uma entrevista para a BandNews TV. Durante a transmissão, o deputado fez declaração ambígua, dando a entender a possibilidade de ter uma gravação de Bolsonaro, mas que não teria sido feita por ele.

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“Eu, como parlamentar, jamais gravaria o presidente da República”, disse. Perguntado se seria um outro tipo de prova, Miranda não negou a possibilidade da gravação existir: “Não disse isso também”. O deputado ainda declarou que não estava sozinho na sala durante encontro com o presidente, quando discutiram sobre a possibilidade da existência de atitudes ilícitas nas negociações da compra das vacinas.

“Se algum momento for necessário, sei que estou com a verdade do meu lado e não teria problema nenhum em poder comprovar”, disse, ainda, Miranda sobre a existência de provas. “Estamos sendo atacados fortemente por conta de ter feito a denúncia e não por ter encobrido qualquer tipo de tentativa de corrupção dentro do governo”, completou.

Durante a entrevista, Luis Miranda também citou o fato de que a Precisa Medicamentos, intermediária da Bharat Biotech, é suspeita de superfaturamento na venda de testes rápidos para Covid-19 para o governo do Distrito Federal. Além disso, ressaltou o envolvimento da empresa Global Gestão em Saúde, no processo de improbidade administrativa envolvendo Ricardo Barros, que era o ministro da Saúde do presidente Michel Temer.

O deputado ainda declarou que a base governista “apoia a corrupção neste momento”. Além disso, afirmou que as recentes falas de Bolsonaro não desmentiam suas denúncias, mas que tinham a intenção de demonstrar que o presidente não tem como saber o que acontece em todos os ministérios.

Miranda ainda abordou a questão da falta de acesso do irmão, Luis Ricardo Miranda, chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde, aos servidores do Ministério da Saúde após a ida à CPI. De acordo com ele, essa é uma clara retaliação por parte do governo federal. “Alguém tem grande interesse nesse contrato, e alguém de dentro do governo federal”, afirmou.

O deputado federal disse também que sua intenção, durante sessão da CPI na ultima sexta-feira, 25, não era a de citar o nome de Ricardo Barros, mas apenas citar os indícios de irregularidades no acordo da Precisa com o Ministério da Saúde. Ele, ainda, menciona que foi Bolsonaro quem citou o nome do líder do governo na Câmara no encontro entre os dois, em 20 de março.

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