Reprovação de Bolsonaro entre advogados supera média da população, aponta Datafolha
A reprovação de Bolsonaro entre a classe jurídica é de 54%. O número supera o índice de 45% verificado entre a população geral na última pesquisa do institutoPesquisa Datafolha recente mostra que a maioria dos advogados (as) brasileiros considera o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ruim ou péssimo. O dado é de um levantamento inédito sobre o perfil e as opiniões da advocacia brasileira.
A reprovação de Bolsonaro entre a classe jurídica é de 54%, superando o índice de 45% verificado entre a população geral na última pesquisa do instituto. A sondagem foi encomendada pela FolhaJus, caderno do jornal Folha de S. Paulo voltado para os assuntos do mundo jurídico.
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AssineAtualmente, um possível pedido de impeachment de Bolsonaro divide opiniões na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A entidade apresentou pedido de afastamento contra o ex-presidente Fernando Collor (Pros) e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). A cúpula do Conselho Federal, porém, diverge quando o assunto é o atual presidente.
Um relatório recente da comissão especial de juristas da OAB, liderada pelo ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto, recomendou que a entidade ajuíze o impedimento do presidente com base em uma série de crimes verificados, mas nada foi feito até agora. Segundo informação da Folha, a Ordem aguarda o final da CPI da Covid para encaminhar ações contra o presidente Bolsonaro a tribunais internacionais, incluindo o de Haia.
O levantamento do Datafolha revelou ainda que mais de dois terços dos advogados (69%) se identificam com o posicionamento político de centro, dentre as opções de centro, centro-esquerda e centro-direita. O dado indica que a categoria profissional está mais ao centro no espectro político do que a maioria dos cidadãos brasileiros.
A pesquisa também sondou a opinião da advocacia em pautas de costumes e de segurança pública. A classe apresentou posições mais liberais em relação ao aborto e à criminalização das drogas e também se mostrou mais favorável à posse de armas, na comparação com a média nacional. Segundo a Folha, ainda assim, os resultados apontam que a categoria está dividida sobre essas questões.
A pesquisa foi realizada por telefone entre os dias 26 de fevereiro e 8 de março. Foram ouvidos 303 advogados, das cinco regiões do país. Os resultados foram ponderados por sexo, idade e região, conforme os dados do quadro da advocacia da OAB. A margem de erro da pesquisa é de seis pontos percentuais, para mais ou para menos.
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