Juazeiro, Caucaia e Iguatu também realizam protestos contra Bolsonaro neste sábado

Com o apoio de movimentos sindicais, também deve acontecer mobilizações nas cidades de Iguatu, Caucaia e Juazeiro do Norte

Para além das manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que devem acontecer em Fortaleza neste sábado, 29, outros atos em municípios do interior do Ceará e da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) estão sendo organizados. Com o apoio de movimentos sindicais, também deve acontecer mobilizações nas cidades de Iguatu, Caucaia e Juazeiro do Norte.

Caucaia

No município de Caucaia, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindisep) está organizando uma carreata que deve iniciar às 8h, em frente a Lagoa do Tabapuá. Segundo a presidente do sindicato, Maria Santos, o ato deve seguir pela avenida da Jurema, passando pelos bairros Araturi, Metrópole a Arianópolis, com dispersão na Praça Matriz, no centro da cidade.

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"O ato foi aprovado em assembleia e todos os movimentos sociais de Caucaia estarão lá tão, movimento da juventude e de mulheres, por exemplo", afirma Maria. Segundo ela, o objetivo é protestar contra PEC da Nova Administração Pública. "Ela vai acabar com o serviço público e com todos os direitos dos servidores e trabalhadores. Nela, vem a questão do não investimento na saúde, que já aconteceu no passado, após congelarem por 20 anos tanto na educação quanto na saúde. As pessoas estão morrendo e precisam de vacina", afirma a organizadora. 

Segundo a dirigente sindical, a carreata deve "cumprir rigorosamente" o que é pedido pelas autoridades sanitárias, como o uso de máscaras, álcool em gel, e o número certo de pessoas dentro do carro. !Diferente do negacionismo, estamos atentos as medidas sanitárias", completa. 

Iguatu

No município de Iguatu, no interior do Ceará, outro ato esta sendo organizado por seis unidades sindicais e demais movimentos sociais. Puxado pelo Sindicato dos Comerciários de Iguatu, outras instituições estão aderindo ao movimento, como o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Iguatu (SPUMI), uma subseção do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sindisaúde), o Sindicato Nacional dos Servidores Federais (SINASEFE) e o Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Sinpro-CE). 

Segundo o dirigente do Sindicato dos Comerciários de Iguatu, Claudemir Brito, uma concentração inicial está agendada para iniciar às 8h, na policlínica da cidade, próximo ao centro, abrindo com ato em defesa do piso salarial para Enfermagem e a garantia das 30 horas da categoria.

Depois, o organizador afirma que a movimentação central deve acontecer por volta das 9h, na praça da Caixa Econômica da cidade. "É simbólico o acontecimento dos atos. Estaremos com cartazes e faixas, carro de som garantido e a fala das representações desses movimentos", afirma Brito.

O presidente sindical afirma que entre as pautas reivindicatórias estão o descaso com a questão sanitária, a falta de vacinas, a "luta pelo fora Bolsonaro", o pedido de vacina para toda a população e o protesto contra a Reforma Administrativa. "Ela [Reforma] está na agenda do governo e é prejudicial à nação e pincipalmente ao servidores públicos", diz.

Entre outros temas, também está a manifestação contra o retorno das aulas presencial, mesmo com a garantia de vacina para os professores. "A gente ainda acha que não é prudente só com o profissional da educação vacinado, se os alunos nem metade da população têm acesso à vacina", completa. O secretário também garante a mobilização em prol do auxílio emergencial de R$ 600 reais e a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS)

Sobre a preocupação com a pandemia, o dirigente afirmou: "A gente mobilizou um número limitado de pessoas. Houve diálogo para fazer um ato para não causar aglomeração, porque a situação aqui está complicada, a cidade está passando por momento difícil", disse. A orientação, segundo ele, é para o uso de máscara, o distanciamento social de dois metros e o uso de álcool em gel, insumo que será distribuído em uma tenda.

Juazeiro do Norte

Já em Juazeiro do Norte, na região do Cariri, o ato contra Jair Bolsonaro deve iniciar às 8h, na Praça da
Prefeitura. Em sua conta no Instagram, o segundo colocado na corrida à Prefeitura de São Paulo em 2020 e ex-presidenciável, Guilherme Boulos (Psol), publicou banner que confirmava o agendamento para a realização do ato na cidade. 

Segundo Ivaneide Severo, professora filiada ao Psol e integrante da Frente dos Movimentos de Mulheres do Cariri, a mobilização deve descer até a Praça Padre Cícero. Ela afirma que o ato é resultado da ação conjunta entre partidos políticos (Psol, PT E PCdoB) movimentos populares e sindicados. Nas redes sociais, uma ampla divulgação foi realizada Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juazeiro do Norte (SISEMJUN). Entre os envolvidos também estão a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo. 

Durante o percurso, segundo Ivaneide, haverá a distribuição de máscaras NK95, álcool em gel e equipes médicas. vamos montar um esquema igual o do MST, com distanciamento com dois metros, pessoas em filas, para manter todos os cuidados sanitários. "Pessoas com comorbidades e de grupo de risco foram orientando a não participar. Teremos cuidados porque na região estamos com grande número de casos", afirma a professora.

"Estamos passando fome, com desemprego e o governo que a gente tem, genocida, que está negando desde sempre a pandemia, e que com isso gerou uma grande crise não só sanitária, mas politica, econômica, cultural e social para a população. O que nos leva às ruas é que esse governo está sendo mais letal do que o vírus", destaca a psolista. 

Nas redes sociais, entidades sindicais afirmam que o ato é em prol de um auxílio emergencial digno (durante a pandemia), vacinação para toda a população e o impeachment de Bolsonaro. "A situação é de catástrofe, com mais de 450 mil vidas perdidas pelo Covid-19, com 40% da população na extrema pobreza e com perspectivas de vacinação para toda a população, apenas, em 2023", divulga a página do SISEMJUN. 

O sindicato também protesta contra a proposta de Reforma Administrativa. "O serviço público sofre com mais uma ameaça, que prevê a desvalorização e a precarização ainda mais do serviço público e dos servidores", completa a publicação. Para Ivaneide, o medo de ir às ruas não se sobressai à luta pela "vida que está em jogo". "A gente precisa ir às ruas, precisamos acelerar a CPI do Covid e fazer que o governo seja derrubado e que ele saia. Só assim a gente pode voltar a viver com comida no prato e vacina no braço", completa.

 

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