Risco de ir parar no fogo: governo Bolsonaro admite perder 2,3 milhões de testes para Covid-19

Segundo nota enviada pelo Ministério Público Federal (MPF), houve ainda ameaça de incinerar o excedente.

O Ministério Público Federal (PMF) entregou à CPI da Covid-19 um documento no qual comprova que o governo federal admitiu perder 2,3 milhões de testes para detectar a Covid-19. Segundo o texto, houve ainda ameaça de incinerar o excedente. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a nota técnica partiu do próprio Ministério da Saúde, em abril, à Procuradoria da República no Distrito Federal.

No material entregue, a União informa que possuía, no estado de São Paulo, cerca de 4,3 milhões de exames da Covid-19, sendo que 2,3 milhões destes tinham vencimento em abril. Outros 1,6 milhão de testes perdem a validade ainda neste mês, com data limite nesta sexta-feira, 14.

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No documento, a pasta diz que o objetivo é distribuir os testes em tempo hábil para que não haja desperdício de recurso público. Como cada teste custou de R$ 42,30, caso o governo perca, de fato, todos os exames, o prejuízo será maior do que R$ 67,5 milhões.

Comprados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), os testes pararam de ser adquiridos em junho de 2020, por determinação do Ministério da Saúde, em decorrência da inutilização. Caso contrário, segundo a nota, o material excedente seria incinerado.

Na nota, a pasta acusa a Opas de “empurrar os testes” ao MS, “sem que o ministério tenha aceitado o cronograma de entrega”. A data inicial de vencimento dos 4 milhões de testes era em dezembro de 2020. No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) prorrogou a validade para maio.

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