Camilo apresenta projeto de lei que adia levantamento sobre educação no Ceará; medida tenta evitar corte de verbas
O Projeto de Lei 51/20 se antecipa à queda nos resultados dos municípios no Índice de Qualidade da Educação (IEQ), em função da pandemia. Baixo desempenho pode comprometer repassesO governador Camilo Santana (PT) apresentou um projeto de lei que adia o levantamento do Índice Municipal de Qualidade da Educação (IEQ) no Ceará este ano. Antecipando-se à queda de desempenho em função da Covid-19, a medida tenta evitar o corte de verbas para os municípios, que podem ter os repasses comprometidos a depender dos resultados. O projeto começou a tramitar nesta segunda-feira, 3, na Assembleia Legislativa.
A proposta abre uma brecha na Lei Estadual n° 12.612, que determina que a repartição das receitas de ICMS aos municípios cearenses considere os resultados do IEQ. Desse modo, o projeto propõe que o levantamento referente aos exercícios de 2021 e 2022 repita os resultados obtidos em 2020.
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“Segundo a Lei Estadual n° 12.612, de 7 de agosto de 1996, e sua regulamentação, um dos critérios estabelecidos para a repartição os municípios cearenses das receitas de ICMS leva em consideração o Índice Municipal de Qualidade da Educação (IEQ). Por conta da Covid-19 e de seus impactos na educação, é provável, contudo, que os resultados desse Índice apresentem distorções nos anos de enfrentamento da pandemia, impactando as receitas dos municípios do Estado”, defende o documento.
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Os resultados de 2020 foram publicados no Diário Oficial no último 31 de agosto. Levando em conta esses índices, os repasses para os municípios no ano de 2021, que consideram o Valor Adicionado Fiscal (VAF) e os Índices de Qualidade de Educação (IQE), da Saúde (IQS) e do Meio Ambiente (IQM), foram estabelecidos pela Portaria 274/2020, da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará.
Em decisão recente, publicada no decreto do último dia 24 de abril, o Estado autoriza escolas da rede pública de ensino a funcionarem em regime híbrido. A abertura, no entanto, fica a cargo das gestões municipais, que devem organizar um plano de retomada seguindo os protocolos de segurança.