De olho em fundo de R$ 113 bilhões, Camilo e outros 20 governadores assinam carta para Joe Biden com proposta sustentável

Atraídos por fundo bilionário, governadores de 21 Estados, dentre eles o cearense Camilo Santana, preparam carta com pauta sustentável a Biden

O governador Camilo Santana (PT), junto a governadores de outros 20 Estados, assinou uma carta destinada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, onde afirma comprometimento com a preservação ambiental e à ampliação de iniciativas sustentáveis. O texto mira o financiamento de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 113 bilhões) que Biden prometeu, ainda durante a campanha, para combater o desmatamento florestal no Brasil.

A política ambiental do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já é responsável por atingir índices recordes de desmate. A proposta se apresenta no momento em que o País atrai para si a atenção de competências mundiais sobre a condução da gestão ambiental.

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O texto foi construído pelo Centro Brasil no Clima (CBC) e contou com a participação de lideranças e especialistas de outras oito instituições da área, além da articulação de governadores. O documento foi finalizado na tarde desta segunda-feira, 12, com previsão de ser enviado ao embaixador americano no Brasil, Todd Chapman, até o dia 20.

Governador que participar da carta, Renato Casagrande (PSB-ES) antecipa-se ao defender que não se trata de uma tentativa de tirar o protagonismo do Governo Federal, mas sim um incentivo à mudança de postura da União a partir do entendimento que preservação ambiental é um assunto de ”cunho econômico e de relações internacionais”.

Até o momento, assinaram a carta os governadores Camilo Santana (PT-CE), Gladson Cameli (PP-AC), Renan Filho (MDB-AL), Waldez Goés (PDT-AP), Wilson Lima (PSC-AM), Rui Costa (PT-BA), Renato Casagrande (PSB-ES), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Flávio Dino (PCdoB-MA), Mauro Mendes (DEM-MT), Romeu Zema (Novo-MG), Helder Barbalho (MDB-PA), João Azevêdo (Cidadania-PB), Paulo Câmara (PSB-PE), Wellington Dias (PT-PI), Cláudio Castro (PSC-RJ), Fátima Bezerra (PT-RN), Eduardo Leite (PSDB-RS), João Dória (PSDB-SP), Belivaldo Chagas (PSD-SE) e Mauro Carlesse (DEM-TO).

No texto, os governadores se apresentam como um grupo “amplo e diverso, envolvendo progressistas, moderados e conservadores, de situação e de oposição, dos mais diversos partidos”. Comprometendo-se com a aplicação “segura e transparente” da verba internacional, o grupo listou entre suas principais metas o desenvolvimento sustentável, gerando emprego e renda em cadeias econômicas verdes.


Os governadores pedem, ainda, a cooperação dos Estados Unidos na preservação dos biomas brasileiros, especialmente o Pantanal, particularmente afetado por episódios de queimadas no ano passado.

Também atraído pela promessa de financiamento internacional para os esforços de preservação, em entrevista ao Estadão na semana passada, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que consegue reduzir a devastação da Amazônia em até 40% em 12 meses com investimento de US$ 1 bilhão dos americanos. O ministro disse ainda que o plano deve ser apresentado a Joe Biden no encontro do dia 22 que vai reunir 40 líderes mundiais, incluindo o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, para uma cúpula do clima em Washington, onde deve discutir a verba e outros assuntos relacionados ao tema.

 

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