Araraquara tem 2º dia consecutivo sem mortes por covid; prefeito já foi ameaçado de morte por fazer lockdown

O município do Estado de São Paulo também teve queda nas taxas de internações. Em fevereiro, lockdown fechou até o comércio essencial por 10 dias

O município de Araraquara, no interior de São Paulo, a cerca de 274 quilômetros da Capital, registrou o segundo dia consecutivo sem mortes por Covid, segundo informações do boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira, 6. A taxa de ocupação de leitos de UTI também diminuiu para 90%, queda de dois pontos percentuais em apenas um dia. A média diária de casos e mortes vem caindo desde março.

O município de 240 mil habitantes soma, desde o início da pandemia, 17.698 casos da doença e 355 óbitos, e foi o primeiro do Estado a adotar medidas mais restritivas nesta segunda onda. Com lockdown de 10 dias no fim do mês de fevereiro, que proibia até os serviços essenciais, houve queda de casos, mortes e internações.

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Segundo levantamento feito pelo portal G1, em março foram notificados 2.780 casos, redução de 33,8% em relação ao mês de fevereiro, com 4.218 registros da doença. As mortes semanais também estão em queda. A primeira semana do mês de março foi a mais letal do município este ano, com 41 óbitos. Já na semana de 29 de março a 4 de abril, foram registradas 10 mortes pelo vírus.

Em fevereiro, a média móvel de casos era de 189 registros diários. Hoje, foram 26 novos casos. Na última atualização do boletim são considerados 113 novos casos, que somam as coletas feitas ao longo da semana que ainda não tinham sido notificadas.

Vale destacar que, dos 178 pacientes internados com Covid no município, 80 são moradores de Araraquara e os 98 de outras cidades. Deste último total, 47 ocupam leitos de enfermaria e 51 de UTI.

O prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), chegou a registrar um Boletim de Ocorrência no último dia 28 de março, após receber ameaças de morte nas redes sociais de pessoas contrárias ao decreto de fechamento do comércio. A postagem foi feita após a Justiça de São Paulo derrubar liminar que permitia a abertura do comércio não essencial.

A cidade teve uma alta acelerada de casos ao ser particularmente atingida com a nova variante brasileira. Um estudo do Instituto de Medicina Tropical da USP detectou a mutação em 93% das amostras coletadas na região.

Em 21 de fevereiro, decreto municipal de lockdown encerrou por 10 dias até os serviços essenciais, como supermercados e postos de gasolina. Um dia antes, a cidade havia atingido recorde diário de casos, com 248 registros.

 

 

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