Mais de 30 pedidos de impeachment contra Bolsonaro devem ser protocolados nesta quarta-feira, diz revista

Já existem 74 pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro, protocolados entre fevereiro de 2019 e o último dia 25

Um novo pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) será apresentado nesta quarta-feira, 31, por lideranças de oposição ao governo federal no Congresso que observam uma tentativa do chefe do Executivo de se apropriar indevidamente das forças militares para interesses pessoais. Além disso, a Federação Nacional dos Estudantes de Direito (Fened) e centros acadêmicos de faculdades de direito estão coordenando a entrega de mais de 30 pedidos de impeachment hoje, de acordo com a revista Exame.

"Os documentos se baseiam em crime de responsabilidade referente à condução do presidente no combate à pandemia", diz a advogada ex-aluna da Universidade de São Paulo (USP) Camilla Borges Martins Gomes, uma das idealizadoras da ação.

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Já existem 74 pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro, protocolados entre fevereiro de 2019 e o último dia 25. A deputada Gleise Hoffman (PT/PR) e Rui Falcão (PT/SP) são autores de alguns dos pedidos mais recentes.

Segundo os parlamentares, os episódios recentes que culminaram nas saídas do ex-ministro da Defesa Fernando de Azevedo e Silva e dos comandantes do Exército, general Edson Pujol, da Marinha, almirante Ilques Barbosa Júnior, e da Aeronáutica, brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez, representam uma ameaça "evidente" à democracia.

Azevedo e Silva pediu demissão por se recusar a promover alinhamento automático e apoio político das Forças Armadas ao presidente. Seu substituto à frente da Pasta, general Walter Braga Netto, demitiu os comandantes das armas por ver neles a mesma resistência.

Em nota sobre a denúncia contra Bolsonaro, as lideranças apontam para o trecho da Lei de Impeachment que estabelece crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais, como "servir-se das autoridades sob sua subordinação imediata para praticar abuso do poder, ou tolerar que essas autoridades o pratiquem sem repressão sua" e "incitar militares à desobediência à lei ou infração à disciplina".

O pedido de impeachment será entregue na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, às 11h, pelos líderes da minoria e da oposição no Senado e na Câmara, respectivamente Jean Paul Prates (PT-RN), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Marcelo Freixo (Psol-RJ) e Alessandro Molon (PSB-RJ), além do líder da minoria no Congresso, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

com Agência Estado

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