Mandetta diz que Bolsonaro está "louco para fechar" veículos de imprensa

O ex-ministro também alertou que o negacionismo do governo brasileiro pode levar o mundo à "estaca zero" no combate ao coronavírus

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) “está louco para fechar” veículos de imprensa por considerá-los culpados pela queda de sua popularidade na gestão da pandemia de Covid-19. Na avaliação dele, o governo tenta “terceirizar” a culpa pela “má gestão” do País durante a crise sanitária.

“A imprensa brasileira, ela apanha e é culpada, ele quer matar o carteiro porque a notícia que está na carta é ruim para ele. Então, ele quer dar um tiro no carteiro. Tá louco para fechar veículos como o seu (da imprensa) para terceirizar”, disse em entrevista ao Yahoo notícias.

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Durante a entrevista, Mandetta também alertou que o negacionismo do governo pode levar o mundo à “estaca zero” no combate à pandemia. “Bolsonaro agora deveria estar de joelho, no milho, rezando, com um oratório bem grande. Porque se tiver uma variante, com essa quantidade de vírus que está circulando no Brasil, e essa variante for resistente a vacina, e fazer o mundo voltar à estaca zero por conta desse negacionismo dele, acho que ele vai ser levado diretamente daqui para Haia", disse, em referência ao Tribunal Penal Internacional, onde são julgados crimes contra a humanidade, por exemplo.

Para Mandetta, as críticas recentes feitas a ele por Bolsonaro ocorrem pela boa avaliação do ex-ministro durante a crise sanitária e pela queda de popularidade do presidente mostrada em pesquisa DataFolha na semana passada quando a rejeição à gestão de Bolsonaro na pandemia atingiu índice recorde de 54%.

"Até os radicais estão tendo dificuldade para defender o indefensável. E aí eles olham quem é que tinha a avaliação positiva? É esse Mandetta que estava aí. Quem é que tem a menor rejeição, porque lutou pela vida e nós ficamos com a morte? É esse Mandetta aí", defendeu.

Na última quinta-feira, 18, Bolsonaro, que completa 66 anos neste domingo, usou parte do tempo de sua live semanal para simular uma pessoa com falta de ar em crítica às recomendações de Mandetta quando era ministro.

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