Dória diz que vai ajudar a levar Bolsonaro a tribunais internacionais pelo seu desempenho na pandemia

Durante a reunião de acompanhamento à pandemia, Dória também falou do fato recente envolvendo o jogador de futebol Gabigol, flagrado em cassino clandestino em São Paulo, neste domingo: "Pior exemplo"

Em reunião da comissão de acompanhamento à pandemia no Senado, que aconteceu nesta segunda, 15, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), afirmou que pretende ajudar a levar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a tribunais internacionais pelo seu desempenho no enfrentamento à pandemia da Covid-19 no País.

No encontro que reuniu governadores de vários estados, Dória defendeu que o presidente fosse julgado pelo “genocídio que está cometendo contra os brasileiros". Ele também prestou solidariedade aos demais chefes de Estado que, assim como ele, enfrentam críticas pela determinação de medidas de isolamento mais rígidas para combater a disseminação do vírus.

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"Eu também, ontem (domingo), aqui, tive manifestações na porta da minha casa, xingamentos a mim, ameaças a mim, a minha esposa, aos meus filhos. Não foi a primeira vez, não será a última vez. Esse é o clima, infelizmente, que temos no País, e é o preço que nós, governadores, pagamos", declarou.

Na ocasião, Dória também fez referência ao jogador de futebol Gabriel Barbosa, o Gabigol, do Flamengo, que foi flagrado na madrugada deste domingo, 14, em um cassino clandestino de São Paulo, que estava em pleno funcionamento durante a fase vermelha na Capital. “Pessoas que deviam dar o exemplo de conduta aos demais e deram exatamente o pior exemplo", disse sobre o jogador.

Nesta segunda-feira, o Estado entra na fase emergencial mais restritiva, superior à vermelha em restrições. O governador anunciou uma força tarefa com a Polícia Militar, Polícia Civil, Procon, prefeituras municipais, vigilância sanitária e guardas metropolitanas para impedir eventos, "seja até em cassino", pontuou, em referência aos acontecimentos recentes.

Em consonância ao desejo de Dória, Bolsonaro já está na mira de tribunais internacionais. Em dezembro do ano passado, o Tribunal Penal Internacional de Haia, na Holanda, acolheu denúncia apresentada pela Comissão Arns e pelo Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos (CADHu) contra o chefe do Executivo, por incitar o genocídio e promover ataques sistemáticos contra os povos indígenas do Brasil. Bolsonaro é o primeiro presidente brasileiro a ter uma denúncia aprovada para análise pelo Escritório da Procuradora Chefe do TPI de Haia.

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