Cid Gomes: "Bolsonaro não encara nada. Transfere as culpas e terceiriza as causas"

O senador Cid Gomes elevou o tom das críticas contra o presidente Jair Bolsonaro e voltou a defender a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para investigar possíveis erros do Governo Federal na condução da pandemia do novo Coronavírus.

Em mensagem no Twitter, o pedetista disse que o chefe do Executivo "não encara nada". "Bolsonaro não encara nada. Transfere as culpas e terceiriza as causas. Foi sempre assim: no desmatamento da Amazônia; nas queimadas criminosas do Pantanal; no óleo derramado nas nossas praias e em inúmeras outras vezes".

Bolsonaro não encara nada. Transfere as culpas e terceiriza as causas. Foi sempre assim: no desmatamento da Amazônia; nas queimadas criminosas do Pantanal; no óleo derramado nas nossas praias e em inúmeras outras vezes.

Cid Gomes também lembrou de momentos em que Bolsonaro foi ríspido com a imprensa ao ser questionado sobre temas polêmicos que envolvem seus familiares. "Se confrontado, parte para a ignorância, como quando tentou agredir um jornalista que perguntou por que o tal Queiroz depositou 89 mil reais na conta da mulher dele. Ou quando encerrou uma entrevista ao ser indagado sobre a decisão do STJ que favoreceu Flávio Bolsonaro".

Para o pedetista, não é correto por parte do presidente transferir a culpa pelo alto número de mortos e infectados pela Covid-19 a prefeitos e governadores. "Agora, no enfrentamento da maior e mais mortal pandemia vivida pelo país, mais uma vez foge covardemente da questão. Tenta atribuir a culpa aos governadores e prefeitos, que estão administrando como podem o colapso da rede pública de saúde".

Cid afirmou ainda que Bolsonaro "perdeu totalmente as condições de gerenciar as medidas necessárias para proporcionar assistência ao nosso povo". E completou: "É nosso dever instaurar a CPI para apurar as irresponsabilidades que nos trouxeram neste desastroso momento para a saúde pública". Pressão pela instalação da CPI da Covid ganhou força após pedido do também senador Tasso Jereissati (PSDB).

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