Toffoli revela que inquérito das "fake news" identificou "financiamento internacional"

A informação foi dada na madrugada desta segunda, 22, durante o programa Canal Livre, da TV Bandeirantes. Segundo o ministro do STF, essa descoberta é "gravíssima" e busca desestabilizar a democracia no País

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, revelou na madrugada desta segunda-feira, 22, em entrevista ao programa Canal Livre (TV Bandeirantes), que o polêmico inquérito das chamadas fake news conseguiu identificar "financiamento internacional a atores que usam as redes sociais para fazer campanhas contra as instituições brasileiras, em especial o STF e o Congresso Nacional".

Segundo Toffoli, a investigação dará continuidade ao "aprofundamento desses dados", seguindo orientação do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso e que, segundo o ex-presidente da Corte, o autorizou a dar esse tipo de informação para a imprensa.

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Na avaliação do ministro, esse tipo de descoberta é "gravíssima", sendo esse tipo de financiamento uma estratégia - historicamente utilizada por grupos extremistas de esquerda e de direita - para "criar o caos e desestabilizar a democracia em nosso País. "Não é um grupo de malucos. Há uma organização por trás disso, que ataca inclusive a imprensa tradicional e séria. Temos que estar atentos e o inquérito está em excelentes mãos", destacou.

O STF se tornou centro das atenções nos último dias após a decisão do ministro Alexandre de Moraes de mandar prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), em razão de um vídeo publicado pelo parlamentar no Youtube com graves ameaças ao ministros do STF e defendendo o AI5 (Ato Institucional número 5), mais duro instrumento da última ditadura militar no País. A detenção de Daniel Silveira foi confirmada por unanimidade pelos 11 membros do Supremo, algo raro, tendo em vista forte a divisão de pensamentos dentro do STF.

Já o inquérito que também tem o deputado bolsonarista como alvo foi aberto no dia 14 de março de 2020, quando o presidente do Supremo era Dias Toffoli. O objetivo era investigar "notícias fraudulentas (fake news), denunciações caluniosas, ameaças e infrações revestidas de animus caluniandi, diffamandi ou injuriandi, que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros e familiares, extrapolando a liberdade de expressão". No contexto desse processo, movimentos golpistas que tiveram o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e que culminaram com ataque contra a sede do STF, por meio de rojões e fogos de artifício.

 

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