DPU pede adiamento do segundo dia de provas do Enem

Conforme a Defensoria, Inep não respeitou o percentual máximo de ocupação das salas, quebrando compromisso para reduzir a taxa de transmissão do coronavírus

A Defensoria Pública da União (DPU) pediu à Justiça o adiamento do 2º dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para o domingo, 24 de janeiro. O primeiro dia de provas aconteceu no último domingo, 17, e registrou abstenção recorde de 51,5% dos candidatos inscritos. O Ceará teve quarta maior taxa de abstenção no Nordeste.

Segundo a Defensoria, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep)  não respeitou o percentual máximo de ocupação das salas, quebrando compromisso para reduzir a taxa de transmissão do coronavírus. Pedido foi enviado na segunda-feira, 18.

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No domingo, estudantes relataram que foram impedidos de entrar nos locais de prova porque as salas atingiram a ocupação máxima. Outros disseram que o distanciamento não foi respeitado e as classes estavam com mais pessoas que o recomendado.

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De acordo com a DPU, os fatos registrados no 1º dia de aplicação do exame “demonstram, com clareza, que a prova não poderia ter sido realizada, já que os protocolos de segurança e prevenção estabelecidos unilateralmente pelos réus não puderam ser cumpridos por eles próprios”. As informações são do Poder 360.

No pedido enviado à 12ª Vara Cível Federal de São Paulo, a Defensoria disse que o Enem não deveria ser aplicado “a qualquer custo, simplesmente para dizer que foi realizado”.

O órgão pede ainda que todos os estudantes que não puderam realizar a 1ª prova possam participar de uma reaplicação. “Pedimos que fosse respeitada a possibilidade de todos os candidatos que não fizeram a 1ª prova participar de uma reaplicação e também pedimos, já que o Inep não conseguiu atender os protocolos de segurança que ele mesmo criou, que seja reagendado o segundo dia de provas para quem já prestou. Não pedimos a anulação do exame até agora porque também é injusto com milhões de estudantes que já se submeteram a esse perigo de contaminação“, disse João Paulo Dorini, defensor público que assinou o pedido, ao jornal O Estado de S. Paulo.

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