Nova fase da Lava Jato: PF investiga lavagem de dinheiro em imóveis e obras de arte

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), as ordens judiciais visam apreender mais de 100 obras de arte dos investigados. Os mandados judiciais foram expedidos pela 13ª Vara Federal em Curitiba

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta terça-feira, 12, 11 mandados de busca e apreensão em nova fase da Lava Jato. Dessa vez, são investigadas pagamentos de propina na Petrobras e Transpetro e operações de lavagem de dinheiro por meio de imóveis e obras de arte.

Segundo a PF, são três mandados no Rio de Janeiro, dois mandados em Brasília, dois em São Luis do Maranhão, dois em São Paulo e um em Angra dos Reis. As informações são do portal G1.

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O jornal apurou que mandados são cumpridos nos endereços de Márcio Lobão e Edison Lobão Filho, filhos do ex-ministro Edison Lobão. O pai dos investigados não é alvo da operação desta terça.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), as ordens judiciais visam apreender mais de 100 obras de arte dos investigados. Os mandados judiciais foram expedidos pela 13ª Vara Federal em Curitiba. Esta é a 79° Operação da Lava Jato.


Investigações

As investigações apuram fraudes em licitações por meio de pagamento de propina a executivos da Petrobras e da Transpetro. Os crimes investigados aconteceram entre 2008 e 2014, segundo a PF, com pagamento de R$ 12 milhões em propinas.

Ainda conforme o G1, as investigações apontam que a propina era paga em espécie e a lavagem do dinheiro acontecia por meio da compra de obras de arte e imóveis.

Uma das transações investigadas foi a compra de um apartamento de alto padrão em 2007 por R$ 1 milhão e vendido menos de dois anos depois por R$ 3 milhões. Uma valorização que, de acordo com a PF, não correspondia com as condições do mercado financeiro da época.

Na lavagem de dinheiro por meio das obras de arte, segundo as investigações, notas fiscais e recibos eram emitidos à Receita Federal com valores menores do que eram efetivamente praticados. Segundo a PF, a diferença entre o valor pago e o declarado variava de 167% a 529%.

Em uma fase anterior da operação, segundo a PF, já foram encontradas obras de arte na casa de um dos investigados que apresentavam variações significativas entre o preço de aquisição declarado e o valor de mercado, em patamares de até 1.300%.

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