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Rodrigo Santaella descarta aliança com bolsonaristas e promete romper monopólio das "famílias tradicionais" em Caucaia

O candidato também aproveitou a ocasião para criticar a proposta do adversário Vitor Valim (Pros) de armar a Guarda Municipal em Caucaia

Na manhã desta terça-feira, 27, o candidato à Prefeitura de Caucaia pelo Psol, Rodrigo Santaella, descartou apoio a candidaturas “que tenham qualquer vínculo com o bolsonarismo” em eventual segundo turno nas eleições municipais. Segundo o professor, caso venha a “votar criticamente” em outros postulantes, o gesto não significará a procura por cargos ou secretarias em Caucaia, mas a “derrota do bolsonarismo” na cidade.

“Não vamos fazer acordos nem compor nenhum governo que não seja o nosso. Não estaremos em nenhuma secretaria porque nenhum desses projetos nos representa, nem representa a população pobre, os trabalhadores, os indígenas e os quilombolas de Caucaia”, disse o cientista político e professor do Instituto Federal do Ceará (IFCE).

O candidato também observou que um dos principais objetivos de gestão, caso eleito, será quebrar com a influência das “família tradicionais, ricas e latifundiárias” que predominam na política do município. “Queremos apresentar um projeto de cidade sem rabo preso, sem amarras com essas famílias, sem amarras com os conglomerados empresariais que hoje dominam Caucaia financeiramente”, afirmou o psolista.

Santaella aproveitou para criticar a proposta do adversário Vitor Valim (Pros) de armar a Guarda Municipal em Caucaia. Ele considerou a medida ineficaz e que “demonstra uma característica de colocar bravatas na televisão para resolver problemas complexos”, menção direta ao candidato do Pros que também atua como apresentador de TV. O psolista sugeriu que a Guarda “precisa ser fortalecida como instrumento de segurança patrimonial e mediação comunitária”.

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Como alternativa para a segurança pública, o candidato defendeu combater o problema de forma estrutural. “Ela [Guarda Municipal] pode ajudar na mediação do conflito que depois se tornam maiores. É tirando a base de recrutamento do crime organizado, dando oportunidade para a juventude, essa é a forma estrutural de combater a violência”, destacou, atribuindo a problemática da segurança com a desigualdade e a falta de oportunidade para a juventude.

Dentre as prioridades de governo, caso eleito, ele reforça o fortalecimento do programa Saúde da Família, com ampliação no número de equipes para atendimento primário de saúde; criação de programa de renda básica na Capital promovido pela Prefeitura; elaboração de sistema de empregos para a juventude e a ampliação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). "Caucaia não tinha nenhum leito de UTI até a pandemia. Foram construídos 10 naquele contexto e nós precisamos de pelo menos 36 leitos segundo dados da OMS”, avaliou.

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