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Ex-deputada Cristiane Brasil se entrega à polícia: "Já já estarei livre para cumprir meu destino"

Ela é investigada em casos de fraudes em contratos para diversos projetos sociais de uma entidade estadual do Rio de Janeiro voltada para o atendimento de populações de baixa renda
17:43 | Set. 11, 2020
Autor Agência Brasil
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Tipo Notícia

A ex-deputada e pré-candidata à prefeitura do Rio de Janeiro, Cristiane Brasil (PTB), se entregou à polícia, no meio da tarde desta sexta-feira, 11. Segundo o Ministério Público (MP), ela se apresentou na Corregedoria-Geral da Polícia Civil. Ele teve a prisão preventiva decretada em operação desencadeada no início da manhã, que também levou à prisão o secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes. 

No caminho para se apresentar, Cristiane gravou, no carro, vídeos para uma rede social, dizendo estranhar que a operação seja referente a fatos de 2013 e que aconteça justamente a poucos meses das eleições municipais. Em suas redes sociais, ela publicou um vídeo agradecendo as mensagens e orações de seus apoiadores. "Em breve estaremos juntos de novo, eu tenho fé em deus e fé na verdade, já já estarei livre para cumprir meu destino e mostrar nas urnas que nós somos dignos de ter um mandato pelo povo, pela democracia e pela liberdade de expressão e verdade", disse.

Mais cedo, a ex-deputada, que é filha do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, por meio de nota se defendeu das acusações, afirmando se tratar de uma clara perseguição política. “Tiveram oito anos para investigar essa denúncia sem fundamento, feita em 2012 contra mim, e não fizeram pois não quiseram”, diz a nota.

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O caso

Segundo o MP, as investigações que levaram à prisão da ex-deputada constataram fraudes em contratos para diversos projetos sociais na Fundação Leão XIII, entidade estadual voltada para o atendimento a populações de baixa renda e moradores de rua do Rio de Janeiro, e também nas secretarias municipais de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida e de Proteção à Pessoa com Deficiência do Rio de Janeiro, de 2013 a 2018.

Ainda de acordo com o MP, a organização criminosa era composta por três núcleos, o empresarial, o político e o administrativo, atuando para que fossem direcionadas licitações no município do Rio e no estado, visando à contratação fraudulenta das empresas Servlog Rio e Rio Mix 10, mediante o pagamento de propinas a servidores públicos, que variava de 5% a 25% do valor do contrato.

Com o apoio do Tribunal de Contas do Estado (TCE), constatou-se que as fraudes licitatórias efetivamente causaram danos aos cofres públicos em contratos que, somados, chegam a R$ 117 milhões.

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