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PTB expulsa ex-prefeito que afirmou "não roubar tanto" quanto seu sucessor

O presidente da sigla no Estado do Piauí, João Vicente Claudino, disse que as declarações tornaram José Maria réu confesso e que o político agiu como se estivesse em um "campeonato de desvio de dinheiro público".
11:49 | Set. 09, 2020
Autor Redação O POVO
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Tipo Notícia

O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) decidiu expulsar da coligação o ex-prefeito de Cocal, no Piauí, José Maria Monção, após o político afirmar que "não roubou tanto" quanto seu sucessor, Rubens Vieira (PSDB). De acordo com informações do G1, o presidente da sigla no Estado (PI), João Vicente Claudino, disse que as declarações tornaram José Maria réu confesso e que o político agiu como se estivesse em um "campeonato de desvio de dinheiro público". 

Claudino se declarou "surpreendido" pelas declarações e que foi pego de surpresa "por ele ainda estar filiado". Logo quando soube das declarações, pediu para verificar a situação e, através de uma comissão provisória, o afastamento do então prefeito foi realizado. Disse ainda que a declaração do ex-prefeito de que teria "roubado para dar ao povo" não é justificável.

A declaração foi feita durante uma convenção do MDB de Cocal, no Piauí, onde José Maria declarou que roubou menos que o sucessor. "Não é que Cocal seja o fim do mundo, mas com essa administração todos padecem", começou. "Fui prefeito três vezes, sei do sofrimento, mas também não roubei o tanto que esse aí roubou, não, tá entendendo?".

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A frase foi recebida entre aplausos e risos dos presentes. "Eu posso até ter tirado alguma coisa, dado pros pobres. Que na verdade ninguém pode ser tão sincero. Se eu tivesse sido tão direito, eu não tinha ido preso, né. Se eu fui preso, tem um motivo. O mais político que rouba, rouba para dar pro povo. É difícil o cara roubar para si. Agora esse daí não, roubou para ele. A maior mansão da cidade de Cocal é a dele", disse referindo-se ao atual prefeito da Cidade.

José chegou a ser preso em 2009 durante a Operação Harpia da Polícia Federal, acusado de participar de um esquema de desvio de mais de R$ 2,6 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Em 2015, foi novamente preso por crimes de responsabilidade à época do mandato.

Por nota, o prefeito atual de Cocal, Rubens Vieira, declarou repúdio ao que chamou de "discurso de ódio e acusações levianas" de um adversário político. A assessoria ressalta que José Monção tentou justificar suas ações expondo de forma indevida o atual prefeito, e que Vieira tem uma gestão comprometida com o povo cocalense.

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