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Decotelli, novo ministro da Educação, defende cotas para diminuir desigualdades

Empossado após saída de Abraham Weintraub do Miinistério da Educação, Carlos Alberto Decotelli deu entrevista à Rádio Bandeirantes na manhã desta sexta, 26, onde falou sobre protestos nos Estados Unidos, cotas e racismo
13:50 | Jun. 26, 2020
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Carlos Alberto Decotelli, novo ministro da Educação,  disse que as cotas são mecanismos para tentar diminuir diferenças no acesso à educação. "Não podemos exigir resultados iguais para aqueles que não tem igualdade no acesso. Cotas dependerão sempre de reflexão de toda a sociedade", afirmou durante entrevista à Rádio Bandeirantes na manhã desta sexta, 26.

Decotelli reconheceu estruturas que mantêm o racismo na sociedade brasileira e disse: "Passamos mais de 300 anos com esse conceito de escravocrata. Hoje, ainda temos muitas contaminações de metodologias, subjetividades. Eu nunca, como negro, fui um George Floyd. Nunca sofri o racismo de tomar dois tiros nas costas. Mas [sim de] perceber olhares, de eugenia de ambientação, ou seja, criar um ambiente que não seja para negros", contou. As informações são do UOL.

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O novo ministro ainda citou que os Estados Unidos criou "uma pandemia racial" com os protestos antirracistas e evidenciou que o país "não aprendeu a conviver com a diferença".

Segundo UOL, o economista reforçou sua visão de que as cotas — adotadas por universidades públicas para garantir um maior número de negros e indígenas nos cursos acadêmicos — refletem uma autocrítica da sociedade.

Decotelli disse que é bisneto de um ex-escravo liberto através da Lei do Sexagenários. "Vamos dar oportunidades para os desiguais, vamos igualar oportunidades. Está muito fora de moda pensar sistemas de diferenças entre seres humanos. Esse negócio de cor da pele, de origem, deixe de lado. Mas neste momento, precisa de reflexão".

Primeiro negro no cargo de ministro da Educação, Decotelli assumiu a vaga deixada com a saída de Abraham Weintraub.

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