"É o desejo de muitos, inclusive o meu", diz Eunício sobre candidatura do MDB à Prefeitura de Fortaleza
Ex-presidente do Senado também afirma que MDB está aberto ao diálogo com siglas de diferentes campos ideológicos por "não ter preconceito"O hoje presidente do MDB Ceará e vogal na executiva nacional do partido, Eunício Oliveira, afirmou que a legenda não fechou ainda compromisso com nenhuma outra. Revelou haver sentimento forte no partido pela candidatura própria. Segundo diz, o partido ainda aprofundará discussões internas a respeito da disputa. Eunício adianta, contudo, que há o "desejo de muitos, inclusive o meu" pela candidatura própria emedebista.
"O MDB sempre que governou Fortaleza governou com muita competência. Era a célebre frase do Juraci (1990-1993 e 1997-2005): 'Se você quiser ver obras do adversário, ligue a televisão, se quer ver obras do MDB, abra a janela.' Era a prática do MDB no governo, com o Juraci e com Cambraia (1993-1997)", defendeu Eunício.
E complementou: "O MDB tem todas as discussões de fazer disputa eleitoral com candidatura própria." O cearense foi esquivo ao falar sobre a possibilidade de ser ele o postulante ao Executivo municipal, somente destacando ser cedo para tratar de nomes.
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AssineSobre as agremiações que estão na esfera de diálogo dos emedebistas, ele respondeu que "um partido de centro não tem preconceito". O único horror do MDB, ele disse, é à ditadura. O PT de Lula, amigo dele, além de desafeto de Ciro (por sua vez adversário de Eunício), terá a candidatura da deputada federal Luizianne Lins, que geriu a cidade entre 2004 e 2011.
O Pros será representado pelo também deputado federal Capitão Wagner. O policial recebeu apoio de Eunício em 2016 (assim como o do tucano Tasso), quando avançou ao segundo turno contra Roberto Cláudio (PDT), que terminaria reeleito.
Se chegar a algum entendimento eleitoral com outro partido, prosseguiu o ex-presidente do Senado, o MDB não fará como "eles que fizeram e traíram." "Todo mundo sabe disso, da traição que aconteceu no estado do Ceará nessas últimas eleições de 2018", se ressentiu o ex-ministro.
Eunício se refere especificamente ao que entende como abandono do prefeito Roberto Cláudio (PDT) à sua reeleição dois anos atrás. Via Cid Gomes (PDT), Roberto Cláudio e Camilo Santana (PT), o emedebista havia costurado aliança informal com o grupo político da família Ferreira Gomes. Ele perdeu para Eduardo Girão (Podemos) por 11.993 votos. "Faço a ressalva de que o governador Camilo sempre foi muito correto nas suas palavras."
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