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Bolsonaro anuncia fim de reuniões ministeriais e confronta versão de Ramos

Após acusação de querer a troca da PF no Rio para proteger a família, o presidente insistiu que não mencionou o orgão na reunião de 22 de abril
13:48 | Mai. 13, 2020
Autor Redação O POVO
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Mais um capítulo de desenrola em Brasília, com veiculação do vídeo da reunião de 22 de abril. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quarta-feira, 13, que o general Eduardo Ramos se "equivocou" ao mencionar que foi dito algo sobre a Polícia Federal (PF) no encontro entre os ministros. Em sua versão, a cobrança seria sobre sua segurança pessoal e direcionada ao general Augusto Heleno, titular do Gabinete de Segurança Instucional (GSI). O presidente também informou que não vai mais realizar reuniões em conjunto e agora os encontros serão individuais.

Na terça-feira, 12, Bolsonaro já não autorizou a gravação da reunião. Um vez por mês, segundo ele, haverá um café da manhã com a equipe e chamou de "confraternização mensal de ministros". As informações são da Folha de S. Paulo.

Sobre a reunião do dia 22, o presidente afirmou que a fita pode ser divulgada, mas só a parte do trecho. " Não existe no vídeo a palavra Polícia Federal, nem surperintendência. Não existem essas palavras", afimou ele. Entretanto, sua versão não bate com as declarações de Ramos e Heleno, uma vez que eles afirmam que Bolsonaro mencionou o nome da PF para cobrar relatórios de inteligência.

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Ramos, no depoimento, comentou que o presidente "se manifestou de forma contundente sobre a quantidade dos relaórios de inteligencias produzidos pela Abin, Forças Armadas, Polícia Federal", como afirma a Folha que obteve o texto. Ainda segundo ele, Bolsonaro ia interferir em todos os ministérios para "obter melhores resultados de cada ministro".

Em resposta, o presidente respondeu que o ministro tinha confundido. "O Ramos se equivocou. Mas como é reunião, eu tenho o vídeo. O Ramos, se ele falou isso, se equivocou", defendeu.

A polêmica envolvendo a reunião começou quando o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou que Bolsonaro tinha tentado interferir no comando da PF para tentar evitar investigar em aliados. Essa versão foi confirmada por pessoas que tiveram acesso ao vídeo da reunião, exibido nesta terça-feira, 12, no Instituto de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília. As fontes dizem que Bolsonaro afirma que sua família sofre perseguição no Rio de Janeiro e que, por isso, trocaria o chefe da superintendência da PF no estado fluminense.




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