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"Dependendo da evolução dos fatos, o nome não é um princípio imutável", afirma vice-presidente do PCdoB

Em entrevista a rádio O POVO CBN, nesta quinta-feira, 23, o vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino, falou sobre a campanha Movimento 65 e explicou as estratégias de diálogo do partido com representantes de outras legendas
15:23 | Jan. 23, 2020
Autor Filipe Pereira
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Filipe Pereira Repórter de Política
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Tipo Notícia

Em entrevista a rádio O POVO CBN, nesta quinta-feira, 23, o vice-presidente e secretário de Política e Relações Internacionais do PCdoB, Walter Sorrentino, apresentou as propostas para 2020. No debate, ele  comentou sobre os projetos eleitorais de abertura do partido, alvo de críticas após o anúncio do Movimento 65, que será lançado próximo mês. 

"Esse movimento tem o sentido de abrir a legenda partidária eleitoral para receber um conjunto de novas lideranças sociais, como empresários e religiosos, para que venham se eleger pela legenda 65. Esse é um movimento muito amplo" afirma Walter. Confira a entrevista na íntegra: 

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Segundo o vice-presidente, para unir partidos progressistas de esquerda e criar uma ampla frente política democrática, o partido privilegiará o diálogo com outras legendas e entidades, o que abre espaço para possíveis mudanças. "Não temos porque esquecer nosso sentido de pertencimento, que ainda mantém o nome comunista, mas dependendo da evolução dos fatos, o nome não é um princípio imutável e pode se adequar à contemporaneidade. " revela.

Nos últimos dias de dezembro de 2019, a notícia de que o tradicional Partido Comunista do Brasil, o PcdoB, estaria planejando “mudar de cara” adotando um novo nome e uma nova marca, tomou a internet. No entanto, a informação que passou a circular e que chegou a colocar o partido nos Trending Topics do Twitter, não era verdadeira – ou pelo menos parte dela.

Entretanto, apoiadores e líderes partidários negaram a mudança de nome e que tudo significava uma estratégia de articulação das possíveis filiações e candidaturas majoritárias que irão disputar o pleito municipal próximo ano. Em entrevista ao O POVO, o atual presidente do PCdoB Fortaleza, Franciné Cunha, afirmou que a ideia do projeto eleitoral era unir e atrair apoiadores visto o avanço das ideias do governo federal.

Segundo Walter, as modificações surgiram com dois novos movimentos do PcdoB, o “Movimento 65” e o “Comuns”, fruto de uma preocupação do partido em criar uma frente de luta contra o governo de Jair Bolsonaro, o qual ele considera autoritário. "As forças de Bolsonaro, além da esquerda, derrotaram o respeito ao pacto de um estado democrático de direto, então podemos combater isso conversando com todos sim", afirma o vice.

Recentemente, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), um dos cotados do partido para disputar as eleições presidenciais em 2022, defendeu que a esquerda possa dialogar com quem pensa diferente para derrotar o presidente Jair Bolsonaro.

Ao comentar o diálogo com o apresentador Luciano Huck, que tem se movimentado para concorrer à presidência, o parlamentar mencionou que seus encontros, inclusive com Fernando Henrique e Rodrigo Maia, significam um diálogo "com o segmento social que eles representam”, completou. 

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