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MDB escolhe novo presidente nacional prometendo renovação e identidade

Baleia Rossi busca desfazer a imagem que ficou marcado do partido nos últimos anos. "É possível viver sem ser governo", disse

O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) reuniu seus pares, em Brasília, na Convenção Nacional do partido, e escolheu o deputado federal e líder da sigla na Câmara dos Deputados como novo presidente nacional. Baleia Rossi (MDB/SP) foi escolhido com a maior margem percentual da história do partido e no discurso de posse prometeu revisitar as bases e fortalecer a sigla para as eleições de 2020. O novo presidente nacional do MDB foi candidato único em chapa de consenso.

Na Convenção Nacional em Brasília, compareceram várias lideranças do partido, como o presidente de honra da sigla e ex-presidente da República, José Sarney, além do candidato do partido nas eleições presidenciais de 2018, Henrique Meirelles. Outros caciques políticos como os ex-presidentes do Senado Eunício Oliveira e Renan Calheiros e os ex-ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.

No evento, também houve chance para que lideranças locais se manifestassem e o discurso de maior evidência foi o de cobrança de uma "mea culpa" do partido, apesar de deixar claro que é preciso preparar terreno para construir alianças e lideranças para as eleições de 2020.

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No discurso de posse, o próprio Baleia Rossi evocou os grandes líderes políticos que já teve o MDB e o momento de fortalecimento de bases que o partido vem iniciando. Fortalecer a identidade própria do partido é objetivo, para mostrar que é "possível viver sem ser governo".

De forma velada, ele criticou também o atual momento da política brasileira, em que, observa, lideranças políticas estão se notabilizando com base em discursos radicais. "O radicalismo nunca deu certo. Nem à direita e nem à esquerda. O sistema autoritário não é razoável e o socialismo não deu certo em lugar nenhum".

"Fazer diferente não é tomar decisões na cúpula, mas respeitar os núcleos, a juventude, as mulheres, o movimento afro, trabalhista, socioambiental", falou o novo presidente, ainda revelando que vai criar fóruns de debates no partido para discutir temas importantes ao partido.

Eunício

Depois de 20 anos como membro do diretório nacional do MDB, atuando como tesoureiro, Eunício pediu para não estar mais presente na função. Ele comenta que um dos pontos que o fez pensar melhor sobre exercer a função está nas disputas internas pelo Fundo Eleitoral - que o ex-senador critica e compara ao modelo anterior de financiamento privado.

"O Fundo é grande, mas não é suficiente para todos e ainda teremos muitos problemas com ele. Eu, lá trás, fui contra a formação do fundo. Financiamento de campanhas quando era com empresas dava problema e agora com o Fundo novos problemas, com partidos chamados de laranjal. A nossa preocupação é fazer uma renovação de idéias", completa.

Ausências e presenças

Foi notado, entre os correligionários do MDB, a ausência do único ministro do partido no atual Governo. Osmar Terra não compareceu ao Centro de Convenções do Meliá 21, na região central de Brasília. O ministro da Cidadania se envolveu em nova polêmica à frente da pasta ao exonerar 19 servidores da Fundação Nacional de Artes (Funarte), depois de brigar com o diretor Roberto Alvim, reportou a Folha.

Último presidente eleito pelo partido, Michel Temer também não esteve presente, mas foi bastante comemorado e relembrado em discursos. Quem esteve no comando do microfone até a posse de Baleia Rossi foi o seu substituto no cargo quando assumiu a presidência da República, em 2016, o ex-senador Romero Jucá.

O agora ex-presidente nacional do MDB criticou o que chamou de nova política imposta pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). "Qual é a nova política que ele pratica?".

Duas presenças de membros de partidos aliados ao MDB foram bastante festejadas. Estiveram na posse na nova executiva o presidente nacional do PSDB e deputado federal, Bruno Araújo (PE), além do presidente do Congresso Nacional, deputado Rodrigo Maia (DEM).

Aliança MDB - DEM

A presença de Rodrigo Maia na Convenção Nacional do MDB dá sinais da aproximação entre as lideranças. Nos bastidores se fala em unir os partidos de centro e estratégias conjuntas para os principais centros políticos do País é possível.

Em discurso, Maia enalteceu as parcerias entre o governo Michel Temer e o Congresso para aprovação das primeiras de uma sequências de reformas que ainda estão em curso. "O MDB junto com a Frente Liberal (que viria a se chamar PFL e posteriormente Democratas) consolidaram a nossa democracia. E em dois anos e meio, no governo de Michel Temer, também garantiu a transição para uma eleição democrática no nosso País", finalizou.

*O jornalista viajou a convite do partido

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