Logo O POVO+

Jornalismo, cultura e histórias em um só multistreaming.

Participamos do

GSI mostra poder de fogo em simulação

Foram três minutos ininterruptos de tiros. De repente, Jair Bolsonaro aparece de colete vermelho e, protegido por uma pasta-escudo, é retirado de dentro de um carro do comboio presidencial, que sofreu uma emboscada. A cena até poderia ser real, mas o Bolsonaro dessa história não era o presidente e, sim, um dublê.
O "ataque", com disparos de fuzil 5.56 e pistolas 9 mm, fez parte de um treinamento de agentes a serviço do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela proteção do presidente, do vice e de suas respectivas famílias. Convidados pelo ministro-chefe do GSI, general Augusto Heleno, jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto presenciaram parte do treinamento dos agentes de segurança, da doutrina à simulação de emboscadas ao presidente.
Além do tiroteio, a simulação também contou com granadas de fumaça roxa, vermelha e branca, em reação extrema a um ataque ao comboio presidencial. Virou piada entre os presentes, porém, o fato de o dublê de Bolsonaro vestir justamente colete vermelho - a cor do PT.
'Mistura'
Heleno disse que o segurança ideal é "uma mistura do Batman, Superman e Mandrake, um pouco de cada super-herói". Desde que Bolsonaro sofreu um atentado a faca, em setembro de 2018, o filho "zero dois" do presidente, o vereador licenciado Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), tem feito críticas ao que ele vê como falhas na segurança do pai - à época da campanha, a escolta do então candidato do PSL era feita pela Polícia Federal.
A pressão aumentou em junho, quando um militar da equipe de apoio à comitiva presidencial foi preso na Espanha, depois de tentar desembarcar no País com 39 quilos de cocaína na bagagem. O episódio ocorreu às vésperas do encontro do G-20, no Japão, e provocou constrangimento internacional. Logo depois, Carlos afirmou nas redes sociais que não anda com seguranças, "principalmente aqueles oferecidos pelo GSI".
Por conta de um entendimento do GSI com o Congresso Nacional, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), outros dois filhos do presidente, andam com escolta permanente de policiais legislativos.
O GSI exibiu nesta quinta-feira, 26, grande parte de seu poderio, mas não tudo. Lançadores de foguete, a popular "bazuca", não foram mostrados, mas fazem parte do equipamento disponível para os agentes da segurança de Bolsonaro. "Esse agente não é qualquer um. Ele é escolhido a dedo e treinado exaustivamente. Aqui, principalmente, não tem 'toma lá, dá cá'", afirmou Heleno, durante a visita ao Centro de Treinamentos no Setor Militar Urbano, em Brasília.
O general acrescentou que não havia qualquer recado por trás daquela demonstração. "Faz parte do novo Brasil mostrar como está sendo aplicado o recurso público na segurança do presidente e dar um pouco mais de detalhes sobre o treinamento dos agentes para (as pessoas) sentirem que não é uma atividade amadora", disse.
O GSI passou por expansão recente: contratou simuladores de direção e prepara a compra de um novo sistema para interceptar drones de pequeno porte nas imediações dos palácios e residências oficiais, em Brasília. O modelo do sonho deve ser capaz de forçar que os drones baixem, por meio de interferência no software controlador, ou mesmo lançar uma rede para derrubá-los. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar