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Investigação aponta propina de até R$ 5,5 mi a Bezerra Coelho e filho deputado

A Polícia Federal (PF) aponta, na investigação sobre suposto esquema criminoso envolvendo o líder de governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, indícios de pagamento de propina de até R$ 5,5 milhões ao parlamentar, quando este era ministro da Integração Nacional no governo Dilma Rousseff.
Acordos de colaboração premiada de três empresários implicaram o senador e seu filho, o deputado federal Fernando Filho, alvos de mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira, 19, em Brasília, no Recife e em Petrolina (PE), cidade natal da família.
Segundo a Polícia Federal, há diversos elementos de prova que indicam o recebimento dos valores, entre 2012 e 2014, pagos por empreiteiras, em razão das funções públicas exercidas pelos parlamentares.
"Há diversos indícios da prática de crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro", afirmou o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, autor da decisão que autorizou a operação. "O montante total das vantagens indevidas chegaria, segundo a autoridade policial, a pelo menos R$ 5.538.000,00", acrescentou.
A manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra a busca e apreensão nos endereços de Fernando Bezerra Coelho. "Não há indícios de que ele registrasse os atos praticados, pois, ao contrário, adotou todas as medidas para manter-se longe deles, de modo que a medida invasiva terá pouca utilidade prática", disse a então procuradora-geral Raquel Dodge.
Defesa
O advogado André Callegari, que defende Fernando Bezerra e Fernando Coelho Filho divulgou nota sobre a operação desta quinta-feira. "Causa estranheza à defesa que medidas cautelares sejam decretadas em razão de fatos pretéritos que não guardam qualquer razão de contemporaneidade com o objeto da investigação. A única justificativa do pedido seria em razão da atuação política e combativa do senador contra determinados interesses dos órgãos de persecução penal. A defesa ainda não teve acesso ao pedido e à decisão do ministro que autorizou as medidas, mas pode afirmar que as medidas são desnecessárias e extemporâneas".

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