Logo O POVO+

Jornalismo, cultura e histórias em um só multistreaming.

Participamos do

"Ele tem que lembrar que ele é o chefe da nação", diz Janaina Paschoal sobre Bolsonaro

A parlamentar comentou ainda sobre as conversas entre Moro e Deltan Dallagnol, opinando que elas não invalidam os julgamentos de Lula
12:13 | Jul. 25, 2019
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

Deputada estadual mais votada da história do País, Janaína Paschoal (PSL-SP) vem tecendo críticas reiteradas ao presidente Jair Bolsonaro. A advogada que ganhou notoriedade durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff gosta da linha de Bolsonaro, mas vê problemas no tom que ele usa. "Ele tem que lembrar que ele é o chefe da nação", disse em entrevista ao UOL Universa publicada nesta quinta-feira, 25.

A parlamentar afirma que "o problema é o tom que usa". "Ele perde a paciência e escracha. Até as pessoas que concordariam com ele ficam chocadas", completa. Ela fez referência a live do último dia 18, na qual o presidente perguntou se o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, tinha parentes "pau-de-arara", e, quando o chefe da pasta respondeu que sim, Bolsonaro completou: "sua cabeça não nega". "Ele tem que lembrar que ele é o chefe da nação, e exemplo para muitos jovens. Então, quando ele faz bullying com o ministro em rede nacional, está, em certa medida, dando mau exemplo", destacou Janaína.

Na entrevista, a advogada afirmou que a indicação de Eduardo Bolsonaro à embaixada brasileira em Washington é "completamente grave". "Será que nenhum diplomata presta no país? E como isso é recebido no exterior?". Para ela, a iniciativa fere a lei de improbidade administrativa e é ilegal. "Eu estou chocada que no início do governo o presidente esteja fazendo isso. Não é comparável com os desvios bilionários, mas não é certo."

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Janaína comentou ainda sobre as conversas entre Moro e Deltan Dallagnol. "Eu li tudo. Não vi nada ali que dê a entender que ele está criando provas", afirma opinando que elas não invalidam os julgamentos de Lula. Entretanto, a proximidade entre juiz e promotores a desagrada. "Acredito que tenho que ter um distanciamento, mas eu também tenho uma visão péssima da intimidade de ministros com advogados, em jantares de homenagem, por exemplo. Para mim é promiscuidade."

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar