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Mulheres ocupam 52% das vagas do sistema de justiça no Ceará

|JUDICIÁRIO|Pesquisa do CNJ aponta que das 43 vagas de desembargadores no Ceará, mulheres ocupam 14 cargos. O dado representa 32,55% do total
01:30 | Mai. 20, 2019
Autor Larissa Carvalho
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Tipo Notícia

As mulheres representam mais da metade (52,57%) da atuação no sistema de Justiça do Estado do Ceará, somando juízas, servidoras, terceirizadas e estagiárias. É o que consta nos dados extraídos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), em março deste ano. Dos 415 cargos presentes no magistrado, 144 são ocupados pela participação feminina (34,7%).

O percentual é apenas 4,1% menor, quando comparado à realidade nacional (38,8%). Em 2009, a diferença era um pouco inferior (37,6%). Nesses últimos 10 anos, o crescimento ainda é pouco representativo (1,2%). Em todo o País, mulheres representam mais da metade (56,6%) na quantidade de servidoras trabalhando nos tribunais. O número é apenas 4,03% maior que a realidade cearense (52,57%).Os resultados são da pesquisa realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2018.

Do total das 43 vagas de desembargadores, mulheres ocupam 14 cargos no Ceará (32,55%) e estão à frente do Brasil (23%), um percentual de 9,55% a mais.

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No Ceará, cargos importantes como a vice-presidência do TJCE e as direções do Fórum Clóvis Beviláqua estão sendo ocupados por mulheres. A desembargadora, Maria Nailde Pinheiro Nogueira e as juízas, Ana Cristina de Pontes Lima Esmeraldo e Geritsa Sampaio Fernandes estão na gestão atualmente."Nós ainda estamos iniciando esse processo para atingir uma equidade de gênero", diz a juíza Ana Cristina Esmeraldo, que atua na profissão há 25 anos.

Também primeira secretária da diretoria da Associação Cearense de Magistrados (ACM), ela enfatiza que "ainda não há uma atuação concreta", na forma de um comitê, mas há "uma participação mais efetiva". Esmeraldo foi a primeira juíza indicada para o cargo de diretora do Fórum. "Temos observado isso na atualidade, especialmente, pela indicação de uma mulher para a direção no Fórum. Se observa um movimento favorável à ampliação da participação feminina no exercício de cargos diretivos no Tribunal do Ceará".

O Ceará (14 de 43 vagas - 32,55%) fica somente atrás do estado da Bahia (27 de 60 vagas - 45%) na presença de mulheres no quadro de desembargadores nos Tribunais de Justiças, no Nordeste. Depois do  Ceará, vêm Sergipe (3 de 13 vagas - 23%), Maranhão (5 de 30 vagas - 16,66%), Rio Grande do Norte (2 de 15 vagas - 13,3%) e Paraíba (2 de 19 vagas - 10,5%).

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