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Lula se reúne com advogados para decidir se pedirá progressão de regime

O ex-presidente está na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, desde o dia 8 de abril de 2018, quando foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
22:41 | Mai. 03, 2019
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Em entrevista concedida ao blog do jornalista Kennedy Alencar, nesta sexta-feira, 3, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou que se reunirá com os advogados para tomar decisão sobre o pedido de progressão de regime, quando completar 1/6 de sua pena.

Ao blog, o petista informou que só pedirá o benefício, caso seja possível continuar na "briga" por sua inocência. "Só sairei daqui se qualquer coisa que tiver que tomar decisão não impedir de eu continuar brigando pela minha inocência", disse Lula ao jornalista. Além disso, ele voltou a ressaltar que não trocaria "sua dignidade pela liberdade", frase dita em sua primeira entrevista a Folha de S.Paulo e El País após ser preso.

O ex-presidente está na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, desde o dia 8 de abril de 2018, quando foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do Triplex do Guarujá, no litoral paulista.

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Ao ser questionado várias vezes se pediria o benefício, que é garantido por lei , o petista foi enfático: "Peço. Eu quero ir pra casa. Agora, se eu tiver que abrir mão de continuar a briga pela minha defesa, eu não tenho nenhum problema de ficar aqui".

Em abril deste ano, poucos dias após Lula completar um ano na prisão, os ministros da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduziram, por unanimidade, a pena do petista. Anteriormente, a condenação havia sido fixada em 12 anos e um mês, mas foi reduzida para oito anos, dez meses e 20 dias.

A decisão do STJ abre possibilidade para que Lula peça progressão de regime em setembro deste ano, quando completa 1/6 da pena, conforme fixado no artigo 112 da Lei de Execução Penal.

Entretanto, a possibilidade de o político deixar a cadeia depende ainda de outro julgamento. Em fevereiro deste ano, decisão da juíza federal Gabriela Hardt, da operação Lava Jato, condenou o político a 12 anos e 11 meses de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no processo que envolve o sítio Santa Bárbara, em Atibaia, no estado de São Paulo. O ex-presidente vai recorrer em segunda instância a condenação.

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