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Conheça Abraham Weintraub, novo ministro da Educação do governo Bolsonaro

Abraham e o irmão, o advogado Arthur Weintraub, que também integra o governo, participaram da formulação do programa de governo de Bolsonaro na área da Previdência
18:51 | Abr. 08, 2019
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Foi anunciado na manhã desta segunda-feira, 8, a demissão do então ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrigues. A decisão foi confirmada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) através do Twitter, ao mesmo tempo em que indicou o sucessor de Vélez, o professor universitário Abraham Weintraub.

Weintraub esteve entre os integrantes da equipe de transição do governo Bolsonaro. Abraham e o irmão, o advogado Arthur Weintraub, que também integra o governo, participaram da formulação do programa de governo de Bolsonaro na área da Previdência. Após a eleição, Abraham assumiu o cargo de secretário executivo da Casa Civil, segundo posto mais importante do ministério comandado por Onyx Lorenzoni (DEM).

De acordo com o seu currículo cadastrado na plataforma Lattes, Abraham é formado em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo e mestre em Administração Financeira pela Fundação Getúlio Vargas. Ele atua como diretor executivo do Centro de Estudos em Seguridade da Universidade Federal de São Paulo, onde também é professor de direito previdenciário.

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Weintraub já atuou como executivo do mercado financeiro por mais de 20 anos. Ele foi sócio da Quest Investimentos, diretor do Banco Votorantim, membro do comitê de trading da Bovespa, conselheiro da Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valors Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord).

Abraham e Arthur Weintraub foram apresentados a Bolsonaro por Lorenzoni, quando passaram a colaborar com propostas na área econômica quando o atual presidente ainda era candidato pelo PSL. Os irmãos teriam aderido a campanha de Bolsonaro antes mesmo do atual ministro da Economia, Paulo Guedes.

Segundo o G1, a nomeação dele para o Ministério da Educação funcionaria como uma solução de meio termo para tentar acalmar os ânimos de militares e do escritor Olavo de Carvalho, que disputavam nos bastidores a sucessão de Vélez. Assessores de Bolsonaro veriam Weintraub como um nome que possa acabar com a divisão dentro da pasta.

A decisão pode ser contestada pelos militares, já que o novo ministro apresenta ideias semelhantes às do "guru" do governo Bolsonaro, já tendo defendido teses do escritor. A ala militar tem sido crítica da linha de pensamento olavista.

As primeiras indicações de que os ânimos possam se acalmar com a chegada de Weintraub poderão ser percebido quando o ministro decidir se manterá o recém nomeado secretário-executivo da pasta, o tenente-brigadeiro da Aeronáutica Ricardo Machado. O militar foi nomeado segundo orientação do próprio presidente, mas há a expectativa de que ele seja substituído por um nome ligado ao escritor.

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