Manuela D’Ávila reprova piadas sobre "tchuchuca" e Guedes: "Não têm graça nenhuma"
No Instagram, a ex-deputada convocou militantes a irem à "luta" contra a reforma da Previdência, "porém aprendendo no caminho a não ser um machista de esquerda"Candidata à vice-Presidência nas últimas eleições, Manuela D’Ávila (PCdoB) demonstrou insatisfação na tarde desta quinta-feira, 4, quanto às piadas feitas sobre o Ministro da Economia, Paulo Guedes. Após debate na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Câmara dos Deputados, o economista virou alvo de chacotas que o chamavam de “tchutchuca”. Com várias brincadeiras nas redes sociais, a ex-deputada federal afirmou que não havia graça nas gozações, criadas por membros da esquerda.
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“Gostaria de registrar que piadas vinculando o ministro Paulo Guedes com meninas, mulheres e tchuchucas não têm graça nenhuma porque nós mulheres não somos mais fracas nem somos as responsáveis por essa desgraça de governo”, declarou Manuela no Instagram. Na postagem, ela compartilhou montagem em que mostra o rosto de Guedes em uma caixa rosa de boneca infantil. No pacote está escrito “Tchutchuca baby”.
O termo foi utilizado pelo deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), durante a reunião na CCJ sobre a reforma da Previdência. Em tom provocativo, o parlamentar afirmou: "O senhor (Paulo Guedes) é tigrão com aposentados e trabalhadores, mas é Tchutchuca quando mexe com a turma mais privilegiada deste país". Com a declaração, o ministro respondeu: "Tchutchuca é sua mãe e sua avó".
Com grande confusão, a sessão foi encerrada na Casa – mas não nas redes sociais. Imediatamente, milhares de memes foram criados debochando do ministro. Algumas das piadas associavam Guedes ao feminino, de forma depreciativa. Para a companheira de chapa de Fernando Haddad (PT) no ano passado, porém, muitas das zombarias teriam sido de cunho machista, as quais prejudicavam as mulheres.
“Alô, esquerda e democratas do meu Brasil varonil. Guedes não é ‘mulherzinha’. Ele é um liberal defensor de Pinochet e ponto. Talquei?”, enfatizou a ex-parlamentar. “Aliás, nós lutamos bravamente para que ele não fosse sequer eleito porque sabemos que as medidas adotadas nos prejudicam em primeiríssimo lugar. Prova disso é a reforma da Previdência, as medidas para acabar com a educação e a saúde”, salientou a comunista.
Na mesma postagem, ela ainda convocou militantes à “luta” contra a reforma da Previdência. “Porém aprendendo no caminho a não ser um machista de esquerda”, ponderou.
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