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Dilma é hostilizada por brasileiros no aeroporto de Madri e é defendida por escritora feminista

Um dos que protestavam contra a ex-presidente disse que ela teria o mesmo fim de Marielle Franco, segundo narrou no Instagram a ativista feminista Djamila Ribeiro
21:31 | Mar. 24, 2019
Autor O Povo
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A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi alvo de hostilidade de brasileiros no aeroporto de Madri, segundo relatou a ativista feminista e escritora Djamila Ribeiro. Segundo o relato de Djamila no Instagram, um dos que protestavam contra a ex-presidente disse que ela teria o mesmo fim de Marielle Franco.

 
 
 
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Hoje aconteceu uma situação absurda. Estávamos eu e Ísis realizando o nosso check in quando vimos a presidenta Dilma. Ao sair do guichê, uma senhora nos pergunta: "vocês são brasileiras? Venham xingar Dilma". Ignoramos e seguimos. Assim que chegamos mais perto, vimos um grupo de brasileiros hostilizando e dizendo coisas horríveis a Dilma. Um deles chegou a dizer que ela teria o mesmo fim que Marielle. Eu e Ísis prontamente nos solidarizamos e começamos a defendê-la. O grupo foi se calando e policiais se aproximaram para fazer a segurança de Dilma. Ficamos conversando alguns minutos com ela. Fomos caminhando com ela em direção a sala de embarque. Assim que nos despedimos, o grupo voltou a gritar e a ofender Dilma. Aí eu me irritei e fui em direção ao grupo. Disse que eles deveriam respeitá-la independente de posição política. Que eles eram desumanos e ignorantes. Quando eu perguntei onde eles tinham estudado política, se fizeram de ofendidos. Uma mulher do grupo me chamou de "tipinho" e eu devolvi. É o cúmulo! Dilma nem está mais no poder, sofreu um golpe, Lula está preso, Bolsonaro ganhou a eleição, o que mais essas pessoas querem? Desejar o assassinato dela? É revoltante. Essas pessoas estão contaminadas pelo ódio. Foto do abraço e acolhimento. É preciso respeito.

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Djamila contou que ela e a produtora Ísis Vergilio faziam o check-in quando veem Dilma. Então, são abordadas por uma senhora: "Vocês são brasileiras? Venham xingar Dilma". Ela relata terem ignorado.

Ao se aproximarem, veem o grupo dizer a Dilma "coisas horríveis", segundo definiram. "Um deles chegou a dizer que ela teria o mesmo fim que Marielle".

Djamila e Ísis passaram a defender Dilma perante o grupo. Segundo contam, o grupo começou a se calar e policiais se aproximaram para fazer a segurança da ex-presidente.

Ela relata que conversaram por alguns instantes com a ex-presidente e caminharam em direção à sala de embarque. Ao se despedirem, o grupo voltou a gritar.

"Aí eu me irritei e fui em direção ao grupo. Disse que eles deveriam respeitá-la independente de posição política. Que eles eram desumanos e ignorantes. Quando eu perguntei onde eles tinham estudado política, se fizeram de ofendidos. Uma mulher do grupo me chamou de 'tipinho' e eu devolvi", defendeu a escritora, que é mestre em Filosofia.

"É o cúmulo! Dilma nem está mais no poder, sofreu um golpe, Lula está preso, Bolsonaro ganhou a eleição, o que mais essas pessoas querem? Desejar o assassinato dela? É revoltante. Essas pessoas estão contaminadas pelo ódio", afirmou Djamila.

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