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Márcia Tiburi diz que deixou Brasil após ameaças de morte: "Não dava para viver assim"

A professora, que está fora do País desde o fim do ano passado, disputou o governo do Rio de Janeiro nas eleições de 2018
17:25 | Mar. 12, 2019
Autor O POVO
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Tipo Notícia

A escritora Marcia Tiburi, que concorreu ao governo do Rio de Janeiro pelo Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições de 2018, não mora mais no Brasil. A professora, que está fora do País desde o fim do ano passado, relatou ser alvo de ameaças de morte, que começaram durante a campanha eleitoral.

"Não dava para viver assim", disse a militante em entrevista ao blog da jornalista Nina Lemos, no UOL. Ela acrescentou que nunca pensou em sair do Brasil, mas decidiu ir embora por não se sentir mais segura.

“Eu não podia ir mais na farmácia, no supermercado. Um dia eu caí na besteira de entrar no metrô em São Paulo. Fui atacada por um cara que gritava comigo: ‘eu tenho orgulho de ser fascista”, contou a escritora em matéria publicada no site do PT.

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Ainda ao site petista, a escritora relatou ter recebido mensagens afirmando que seria morta durante o lançamento de seu livro. “Quando você estiver lá, assinando o livro, eu vou estar lá e vou te matar”.

Conforme o blog de Nina Lemos, Marcia Tiburi disse que não pensa, por enquanto, em voltar ao País. Ele está em Pittsburg, onde faz residência literária. No entanto, na semana seguinte, deve mudar-se para Paris com o marido, que vai fazer um pós-doutorado.

Ela relatou que sua vida virou um "inferno" após o episódio da rádio Guaíba, envolvendo o deputado federal Kim Kataguiri. Na ocasião, ela não quis participar de uma entrevista com um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL) e, após isso, disse ter recebido ameaças de morte na internet.

No perfil do Twitter, o MBL disse que a ex-postulante ao governo do Rio atribui as intimidações que recebeu no Brasil à entidade. Entretanto, o MBL postou a foto de uma matéria intitulada "Pessoas com máscara de Kim Kataguiri protestam em palestra de Márcia Tiburi", afirmando que estas "foram as terríveis ameaças" que eles fizeram.

Agradecimentos

Nas redes sociais, a escritora agradeceu o apoio que tem recebido. "Cada abraço que eu recebo hoje é um signo potente contra o fascismo instaurado no Brasil. Minha gratidão pela generosidade do simples gesto de amor de cada um".

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