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'Carlos fez macumba psicológica' com pai, diz ex-ministro

21:35 | Fev. 19, 2019
Autor Agência Estado
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Tipo Notícia

O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência Gustavo Bebianno afirmou ontem que o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, "inflamou" e "fez macumba psicológica na cabeça do pai" até conseguir sua exoneração do cargo.

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"A minha indignação aqui é por ter servido como um soldado leal de todas as horas, disposto a matar ou a morrer, e, no fim da linha, ser crucificado, levar um tiro nas costas e tachado de que tudo que há, simplesmente porque o senhor Carlos Bolsonaro fez uma macumba psicológica na cabeça do pai", disse Bebianno, em entrevista ao programa Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan. "Eu fui demitido pelo Carlos Bolsonaro", acrescentou.

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Questionado pelos jornalistas sobre o receito do Palácio do Planalto de que poderia exercer, a partir de agora, um papel de "homem-bomba" contra Bolsonaro, Bebianno afirmou que não vai atacar o presidente "em absolutamente nada". "Sempre vi nos olhos dele um grande carinho por mim."

O ex-ministro, porém, rebateu na sequência argumentos de Bolsonaro sobre um encontro marcado com o vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, Paulo Tonet Camargo, e a troca de mensagens entre os dois enquanto o presidente estava internado. Bebianno disse que, antes de marcar a reunião, apurou que Tonet já havia se reunido com o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, e com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno. As reuniões teriam ocorrido em 9 de janeiro e 6 de fevereiro, respectivamente.

"Não entendo os argumentos", disse Bebianno, sobre a fala do presidente de que o encontro significaria "trazer o inimigo para dentro de casa".

O ex-ministro também rebateu as acusações de que teria responsabilidade no caso de candidaturas do PSL suspeitas de serem "laranjas", nas eleições de 2018.

Bebianno relatou ter escrito uma explicação sobre o caso para o presidente e enviado uma cópia para outros ministros. "Leram aquilo, compreenderam a situação e viram, pelo menos naquele momento, que a minha explicação era muito consistente."

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