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Em SP, bancadas 'tradicionais' se unem pela reeleição de Cauê Macris

14:46 | Fev. 16, 2019
Autor Agência Estado
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Tipo Notícia
Apesar da alta renovação (55%) entre os parlamentares eleitos em 2018 e da redução das bancadas dos grandes partidos, a engrenagem política que comanda a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) há mais de uma década se uniu em torno da candidatura à reeleição do tucano Cauê Macris para evitar a ascensão do PSL de Janaína Paschoal no comando Casa.
Pela sétima eleição seguida, PSDB, PT e DEM devem fechar acordo pela eleição da Mesa Diretora e manter seus respectivos cargos na estrutura de poder do Legislativo. Além de Macris na presidência, o petista Ênio Tatto e o democrata Milton Leite Filho devem ser indicados para ocupar 1ª e 2ª secretarias, respectivamente. Os três postos têm cerca de 130 cargos à disposição. A eleição ocorre no dia 15 de março.
Deputada mais votada na eleição e liderança do partido com a maior bancada - 15 deputados - Janaína tem apostado na mesma estratégia de pressão externa de combate à "velha política" que fez Davi Alcolumbre (DEM-AP) derrotar Renan Calheiros (MDB-AL) na disputa pela presidência do Senado.
Uma corrente de apoio à candidatura da deputada do PSL está lotando as caixas de e-mails de deputados estaduais. Na semana passada, a própria Janaína já havia disparado e-mails aos colegas pedindo voto para tentar quebrar a hegemonia do PSDB no comando da Casa - foram 11 vitórias tucanas nas últimas 12 legislaturas. A estratégia, porém, não caiu bem entre os políticos mais experientes, que ressaltaram que "política se faz olho no olho".
Janaína chegou a procurar o PSB do ex-governador Márcio França, que enfrentou uma dura campanha contra o tucano João Doria na disputa pelo governo, mas ouviu que o partido lançaria Barros Munhoz, ex-tucano que já presidiu a Casa duas vezes. Munhoz, contudo, disse que sua candidatura é praticamente inviável diante da ampla aliança feita por Macris.
Outro revés da candidata ocorreu na bancada do Novo, que decidiu lançar candidato próprio (Daniel José), rachando o grupo que diz representar a "nova política".

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