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Mesmo após baixa, ex-presidente da Apex cumpre agenda de trabalho

De acordo com mensagens trocadas entre o chanceler Ernesto Araújo e Alex Carreiro, obtidas pela revista Crusoé, a demissão do publicitário teria sido forçada
22:07 | Jan. 10, 2019
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Conforme informou o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pelo Twitter, o presidente da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Alex Carreiro, pediu exoneração do cargo nessa quarta-feira, 9. No entanto, o publicitário cumpriu sua agenda de trabalho nesta quinta-feira, 10, de acordo com nota do órgão.
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À tarde, a revista digital Crusoé revelou que a demissão de Carreiro foi forçada, por meio de conversas entre os dois em um aplicativo. Alex não reconhece que Ernesto possa tomar a decisão. Segundo ele, somente o presidente Jair Bolsonaro pode demiti-lo.
  
A troca de mensagens que a Crusoé obteve mostra que, dois minutos antes de anunciar a saída Carreiro, o ministro lhe enviou a seguinte mensagem: “Caro Alex, estou sendo cobrado. Preciso anunciar agora. Colocarei em termos de seu pedido de saída. Assinei a indicação do seu sucessor".  
  
Às 20h42min, após a publicação no Twitter de sua demissão, Carreiro diz ao chanceler: "Ministro, não formalizei qualquer pedido”. Logo em seguida, o publicitário procurou membros do PSL para tentar reverter a decisão enviando prints das mensagens trocadas com Ernesto para Bolsonaro, com quem se reuniria pela manhã. No entanto, a medida não foi revertida. 
  
Diplomatas do Itamaraty criticavam a nomeação de Carreiro por ele ter baixo domínio da língua inglesa, exigência contida no estatuto da agência, e falta de experiência para chefiar o órgão.
  
A Apex é responsável pela promoção das exportações dos produtos e serviços do País, a facilitação da internacionalização das empresas brasileiras e a moção de investimentos estrangeiros para o País.
 
Redação O POVO Online

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