Manifestantes realizam ato pró-Bolsonaro na noite desta terça-feira

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Apoiadores de Jair Bolsonaro (PSL) organizaram uma manifestação na noite desta terça-feira, 2, em prol de sua candidatura. Iniciando-se na Praça Portugal, na Aldeota, por volta das 18h30min, o protesto foi até o aterro da Praia de Iracema. Durante o percurso, gritos de motivação ao candidato, assim como um buzinaço, foram realizados.

  

O ato foi coordenado pelos líderes cearenses do PSL. O presidente do partido, Heitor Freire, discursou de cima de um carro de som, afirmando que “apenas Bolsonaro pode salvar o País de se tornar uma nova Venezuela”. 

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Segundo Heitor, os outros partidos, como PSDB, PT, PCdoB, “são todos comunistas que querem destruir o Brasil”. O líder do PSL atacou ainda Camilo Santana, a quem atribuiu a pecha de “governador frouxo”.

  

Candidato de Bolsonaro a deputado estadual, Heitor pediu ajuda dos eleitores para fiscalizar a votação deste domingo, 7. "Segundo turno é fraude. Vamos ganhar no primeiro, sim!", declarou.

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A presença feminina era notável no local, que também contava com diversas crianças, acompanhadas da família. A maioria dos manifestantes vestia verde e amarelo ou blusas que traziam a imagem ou o nome do candidato. 

Para a professora Vera Lúcia Rodrigues, o apoio a Bolsonaro surge pela aprovação ao lado pessoal do candidato, que para ela é uma representação honesta de um político. Além disso, a corrupção que "tomou conta do país" também faz com que o capitão mereça o voto dela. "Eu não vejo o que ainda leva o povo a votar no PT. Estamos vivendo um momento muito difícil, economicamente, onde tudo é muito caro, e nós estamos tendo uma oportunidade de mudar. Essa é a vez de votar. Bolsonaro não é envolvido em nenhum tipo de corrupção e isso foi o que mais me incentivou a votar nele", explicou ela.

A apoiadora do capitão tambem afirmou que não acredita nas acusações de machismo e racismo que atribuem ao presidenciável. "Eu acho que isso daí é a oposição que quer denegrir a imagem dele. Isso ai não existe".

 

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Durante o deslocamento da Praça Portugal até o Aterro da Praia de Iracema, a massa gritava palavras de ordem como "A nossa bandeira jamais será vermelha", "Fora PT" e "Eu vim de graça", em alusão a uma fala de Heitor Freire, que afirmou que Cid Gomes (PDT) e Camilo Santana (PT) teriam pagado para que algumas pessoas participassem de manifestações em apoio a suas candidaturas.

Pessoas que cruzavam com a manifestação pelas ruas demonstravam apoio, gritando ou acenando. Diversos carros e motos buzinavam, ganhando a aprovação dos participantes do ato.

Muitos dos manifestantes convergiam em seu discurso nacionalista, onde afirmavam que votariam em Bolsonaro na esperança de um Brasil melhor. Cláudia da Silva Pereira, acompanhada da família, disse acreditar que só quem pode mudar o país é Jair Bolsonaro.

 

Durante o trajeto, um morador de rua que dormia em um banco foi xingado por um jovem que acompanhava o ato. O rapaz chamou o homem de "lixo" afirmando que "não era hora de estar dormindo". Um outro jovem, que estava junto, riu da situação e, batendo numa grade próxima de onde o homem estava, gritou "acorda, acorda!". Outras pessoas que passaram pelo local, em seguida, desaprovaram a ação dos jovens. 

 

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Ao chegar no Aterro da Praia de Iracema, a manifestação rodeou um pequeno grupo que apresentou uma coreografia em apoio ao candidato do PSL, idêntica à já performada na Beira Mar, no dia 8 de setembro. Ao fim da apresentação, a multidão se reuniu em oração, bradando um "pai-nosso" seguido de uma "ave-maria". Por volta das 20h50min , a manifestação começou a se dissipar.