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Em vídeo, dono de lojas pressiona funcionários a votar em Bolsonaro; empresário nega coação

Luciano Hang divulgou vídeo em que afirma que partidos de esquerda estão alinhados com "comunismo do mal"
23:17 | Out. 01, 2018
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Luciano Hang, empresário catarinense dono da rede de lojas de departamento Havan, gravou um vídeo para seus funcionários onde afirma que, caso a "esquerda" vença as eleições presidenciais, os funcionários talvez percam o emprego.
 
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No vídeo, divulgado nas redes sociais, Hang afirma que realizou pesquisas internas e notou que 30% dos colaboradores votarão branco e nulo. Segundo ele, essas pessoas estariam deixando a "oportunidade passar". "Se você votar em branco e depois do dia 7 o nosso País, lamentavelmente, ganha a esquerda e nós viramos uma Venezuela", disse ele.
 
"A esquerda, nos últimos 30 anos, e estou dizendo hoje, o PSDB, o PT, principalmente, esses partidos de esquerda como PSOL, PcdoB, PDT, são partidos alinhados com o comunismo. E o comunismo do mal, aquele comunismo que quer destruir a sociedade, destruir a família, destruir os empregos", disse Hang.
 
O vídeo com o depoimento do empresário foi difundido na internet, onde está sendo taxado como uma forma de Hang "coagir" seus eleitores a votarem no candidato que ele apoia publicamente, o capitão da reserva Jair Bolsonaro (PSL).
 
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"E ai se eu não abrir mais lojas ou se nós voltarmos para trás, você está preparado para sair da Havan? Você está preparado para ganhar a conta na Havan? Você que sonha em ser líder, gerente e crescer com a Havan... Você já imaginou que tudo isso pode acabar no dia 7 de outubro?".
 
Entretanto, em entrevista para o jornal Folha de S. Paulo, Luciano afirmou que não teve intenções de coagir seus empresários. "Jamais coagi, até porque não é democrático você obrigar alguém a votar naquela pessoa que você quer. você pode dizer em quem você acha que deve votar, mas nunca obrigar. Só tem duas opções agora: Bolsonaro ou PT. Eu vou rever o plano estratégico se a esquerda vencer e me preparar para deixar o país, como fizeram na Venezuela."

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