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"É um homem completamente impróprio para o debate democrático", diz Haddad sobre Bolsonaro

O petista disse ainda o que o diferencia de seu adversário: "Ao contrário de Bolsonaro que quer matar quem pensa diferente, eu quero conversar para aprimorar os meus programas"
22:15 | Out. 11, 2018
Autor Wanderson Trindade
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Wanderson Trindade Repórter
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Tipo Notícia
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No início do segundo turno das eleições deste ano, Fernando Haddad (PT) tem subido o tom contra Jair Bolsonaro (PSL). Em entrevista à Rádio O POVO/ CBN na noite desta quinta-feira, 11, o candidato petista atacou seu adversário, acusando-o de propagar “violência e ódio” durante a vida toda. “É um homem completamente impróprio para o debate democrático”, disse.
  
Questionado sobre como coibir casos de agressão ocorridos entre eleitores do PSL aos do PT, Haddad lançou responsabilidades a Bolsonaro que, segundo ele, “tem toda uma vida dedicada à violência”. Bolsonaro, porém, afirmou que não tem como se responsabilizar por algo seu eleitor faz.
   
“Você está falando de um homem que enaltece a tortura, a ditadura, o estupro e que diz que vai metralhar os petistas no Acre. Você não está falando de um militante qualquer, mas daquele que pretende ser o chefe do executivo. Ele na verdade não se controla e não controla mais ninguém”, vociferou Haddad.
  [SAIBAMAIS]
Bolsonaro é deputado federal pelo Rio de Janeiro desde 1991, o que, para o petista, representa “28 anos na Câmara dos Deputados destilando ódio”. “É um homem completamente impróprio para o debate democrático”, completou.
  
Em segundo lugar com 42% de intenções de voto, de acordo com o Datafolha, Haddad ainda criticou o candidato do PSL por “fugir” dos debates presidenciais na TV, sob alegações médicas.
  
“Apesar de ser leigo em medicina, eu não consigo entender o argumento. Ele está dando entrevista ao longo do dia inteiro e não pode reservar duas horas para um debate face a face?”, questionou, acrescentando: “Inclusive para eu desmascarar as mentiras que ele tem falado pela internet.”
  
O ex-ministro da Educação nos governos Lula e Dilma criticou a postura do deputado de acusá-lo de fornecer um suposto “Kit gay” nas escolas públicas do País. “Ele está me acusando de distribuir material impróprio para crianças de 6 anos, como se as professoras brasileiras pudessem aceitar uma coisa absurda dessa”, enfatizou.
 
Mostrando-se também afeito ao diálogo, o petista disse conversar com todo mundo político, inclusive quem pensa diferente dele. “Ao contrário de Bolsonaro que quer matar quem pensa diferente, eu quero conversar para aprimorar os meus programas, as minhas ideias”. 

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