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Confira a retrospectiva dos principais momentos da campanha presidencial de 2018

Atentado a faca contra Bolsonaro, indecisão da chapa petista para a Presidência, além do "surgimento" de Cabo Daciolo foram alguns destaques
18:25 | Out. 06, 2018
Autor Matheus Facundo
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Matheus Facundo Repórter do portal O POVO Online
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Tipo Notícia
Neste domingo, 7, eleitores de todo o País vão às urnas para escolher um presidente, um governador, um deputado estadual, um federal, além de dois senadores por Estado. Com início no último dia 16 de agosto, a campanha presidencial deste ano foi marcada pelo acirramento entre partidos, indefinição de candidaturas, ânimos exaltados e protestos. Um atentado a faca sofrido pelo candidato ao Palácio do Planalto Jair Bolsonaro (PSL) e o movimento liderado por mulheres contra o presidenciável, que ganhou a internet e a rua, o "Ele Não", além de outras polêmicas e memes foram destaque no período. 

 
O POVO Online listou os principais momentos da corrida presidencial deste ano. Confira:


 
Atentado contra Bolsonaro

 
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No último dia 6 de setembro, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) sofreu um atentado a faca durante ato de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais. O militar da reserva foi atingido na região do abdômen e passou por duas cirurgias durante o tempo em que esteve internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Bolsonaro teve lesões também na alça instetinal. 
 
O agressor, Adélio Bispo de Oliveira, foi identificado e preso no mesmo dia, horas depois do crime. Bolsonaro recebeu alta em 29 de setembro, mesmo dia dos protestos nacionais organizados por mulheres de todo o Brasil contra ele.
 
À época do fato, um dia após o atentado, Bolsonaro se pronunciou afirmando que "nunca fez mal a ninguém", em vídeo publicado pelo senador e pastor capixaba Magno Malta (PR): "Será que o ser humano é tão mau assim? Eu nunca fiz mal a ninguém". 


 
Movimento "Ele Não" 
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Em meio a liderança de Jair Bolsonaro nas pesquisas eleitorais para presidente, um movimento contrário ao ex-militar foi surgindo em meados de setembro, puxado, majoritariamente, por mulheres. Inicialmente apenas no Facebook, o grupo "Mulheres unidas contra Bolsonaro" chegou a ter mais de 2 milhões de membros e ganhou projeção nas ruas. 
 
Nesse contexto surgiu, também, a hashtag "#Elenão", referindo-se a rejeição a Bolsonaro, tendo adesão de personalidades brasileiras e internacionais, como Madonna.
 


 
A indefinição da candidatura do PT 
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Hoje composta pelo ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), como candidato à Presidência, e Manuela D'Ávila (PCdoB), como vice, a chapa do Partido dos Trabalhadores para a corrida presidencial permaneceu indefinida até o último dia 11 de setembro, quando foi anunciada a composição atual
 
No período das pré-candidaturas e por boa parte do tempo oficial de campanha, o PT mantinha a chapa Lula-Haddad registrada, mesmo com o ex-presidente preso desde o último dia 7 de abril, condenado a 12 anos e um mês de prisão pela Lava Jato. Nas primeiras pesquisas de intenção de voto com Lula ainda “no páreo”, o ex-presidente liderava no cenário em que ele ainda era considerado como candidato. Pesquisa Datafolha do dia 22 de agosto, por exemplo, mostrava Lula com 39%.

 
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Após impasses, julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 31 de agosto decidiu por seis votos a um pela rejeição da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva. Último registro para concorrer à Presidência, a candidatura foi alvo de críticas e contestações. 


 
Ciro Gomes xinga e empurra repórter durante campanha
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O candidato à Presidência da República pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), Ciro Gomes, envolveu-se em polêmica no último dia 15 de setembro durante ato de campanha em Boa Vista, capital de Roraima. Ele se irritou com pergunta feita por um repórter em coletiva de imprensa e acabou xingando e empurrando o homem, além de mandá-lo "pra casa do Romero Jucá". Momento foi registrado em vídeo que circulou as redes sociais. 


 
O profissional questionou o pedetista sobre declaração a respeito de brasileiros que agrediram venezuelanos no município de Pacaraima, no Estado.
 
"O senhor reafirma o que o senhor disse sobre os brasileiros de que tiveram aquela manifestação lá na fronteira, que chamou os brasileiros de canalhas, desumanos e grosseiros?", perguntou o jornalista. Ciro então respondeu: "Vai pra casa do Romero Jucá, seu filho da p..., pode tirar esse daqui, esse aqui é do Romero Jucá, tira ele, prende ele aí", retruca o candidato, em menção ao senador de Roraima e atual presidente do MDB nacional. 


 
Atrito entre Marina Silva e Jair Bolsonaro em debate
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debate presidencial da Rede TV!, no último dia 18 de agosto, foi marcado por momentos de tensão entre os candidatos Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSL). A ex-senadora questionou o deputado estadual sobre suas propostas em relação a mulheres e afirmou que o presidenciável achava que podia “resolver tudo no grito e na violência”. 
 
"Nós somos mães, nós educamos os nossos filhos. A coisa que uma mãe mais quer é ver um filho sendo educado para ser um cidadão de bem. E você fica ensinando para os nossos jovens que têm de resolver as coisas na base do grito, Bolsonaro. Você é um deputado, você é pai de família. Você um dia desse pegou a mãozinha de uma criança e ensinou como é que se faz para atirar", disparou Marina.
 
O militar da reserva disse que ficava satisfeito em “apenas cumprir a Constituição” e reclamou que tentavam colocar as mulheres contra ele. Durante o debate, Bolsonaro afirmou que a candidata da Rede não poderia defender mulheres ressaltando que ela defende um plebiscito para o aborto e a legalização da maconha. Marina retrucou afirmando que “o Estado é laico”. 



 
A candidatura de Cabo Daciolo 
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Candidato vem chamando atenção mais pelos memes do que por suas propostas. O deputado estadual e pastor evangélico Cabo Daciolo (Patriotas) estreou no primeiro debate presidencial, realizado pela Band no último dia 10 de agosto e captou olhares de todo o Brasil. “Glória a Deus, Glória a Deus”, foi assim que iniciou sua fala, encerrando, mais tarde, com a leitura de um trecho da bíblia (sempre a tiracolo).
 
Em meio a propostas “mirabolantes” como a redução de 50% do preço da gasolina, o ex-bombeiro militar do Rio de Janeiro protagonizou um dos momentos mais icônicos da campanha presidencial. Durante o debate, Daciolo soltou um questionamento para o pedetista Ciro Gomes: “O senhor é um dos fundadores do Foro de São Paulo. O que pode falar sobre o Plano Ursal? Tem algo a dizer para a nação brasileira?”. A Ursal, segundo o pastor, é a sigla da União das Repúblicas Socialistas da América Latina.
 
Ciro, aparentemente sem entender o que estava acontecendo, retrucou: “Meu estimado cabo, tive muito prazer de conhecê-lo hoje e pelo visto o amigo não me conhece. Eu não sei o que é isso, não fui fundador do Foro de São Paulo e acho que está respondido”.
 
Rapidamente o termo viralizou na internet e toneladas de memes apareceram. A Ursal virou filtro de perfil no Facebook, foto de capa e até estampa de camisa. Mais tarde, foi descoberto que a denominação era uma piada feita pela socióloga petista Maria Lúcia Victor Barbosa em 2001, em ironia ao Foro de São Paulo, sediado em Havana, Cuba. 
 
As peripércias do presidenciável não acabavam por aí. Enquanto outros candidatos cumpriam agendas políticas, Cabo Daciolo se refugiou em um monte para fazer jejum e orar. Em vídeo de 15 minutos publicado em seu Facebook, ele afirma que a “sociedade secreta Illuminati” estava querendo matá-lo e afirmou que iria travar uma “guerra no plano espiritual” com eles. 


 
Bolsonaro ensinando criança a fazer uma arma com as mãos
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A imagem de Jair Bolsonaro segurando uma criança nos braços e a ensinando a fazer sinal de arma com as mãos gerou uma onda de críticas para o então pré-candidato à Presidência. O caso aconteceu em Goiás no dia 19 de julho, em visita do deputado estadual do PSL a Goiânia. 
 
Na ocasião, apesar de afirmar não se tratar de momento de campanha, Bolsonaro não deixou de divulgar suas propostas: “Vamos fortalecer a nossa liberdade, vamos conseguir porte de arma de fogo para vocês". 

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