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Pedido de inelegibilidade é "mero bullying judicial" da oposição, retruca Eunício

Senador foi acusado de abuso de poder político. Chapa PSDB-Pros pede cassação do diploma do parlamentar e de Camilo Santana
17:45 | Set. 30, 2018
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Após ser denunciado pela terceira vez ao Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), Eunício Oliveira (MDB) rebateu acusações feitas pela coligação "Tá na hora de mudar" (PSDB-Pros) contra sua candidatura. Em nota enviada pela assessoria de imprensa do candidato, ele classifica as denúncias como "mero bullying judicial" da oposição. O senador ainda aproveitou para defender e exaltar o trabalho do ex-adversário, e agora aliado no Ceará, Camilo Santana (PT). 
 

A petição contra o candidato o acusa, assim como o petista e sua vice, Izolda Cela (PDT), de abuso do poder político. Os suplentes do parlamentar, Gaudencio Lucena e Edmilson Bastos, também foram denunciados. Como pena, os opositores pedem a cassação dos diplomas do petista e do emedebista.
 

Conforme O POVO Online divulgou neste domingo, 30, a ação acusa o senador de ter destinado irregularmente R$ 3,3 milhões em recursos públicos recebidos pelo MDB para a campanha dele. O documento também evidencia que Camilo Santana, mesmo sem estar oficialmente na coligação com Eunício, recebeu dele contribuição de R$ 600 mil para o processo eleitoral. "À luz da lógica realística, (Eunício) pagou pelo apoio político", afirma.
 
[SAIBAMAIS]
 
Bullying judicial da oposição 
 
Na nota, Eunício ressalta a liberdade de todos os cidadão peticionarem, ficando sob responsabilidade do Poder Judiciário dizer o que é mero "bullying judicial" cometido pela oposição. "Com o simplório e desqualificado objetivo de confundir a Justiça", ataca em referência à ação do PSDB-Pros. 
 
“Eles sabem que os argumentos jurídicos são frágeis e buscam repercussão do mero ato de peticionar. Isso é uma ação temerária e parecem querer abusar de nossos juízes e dos leitores de jornal", continua a nota. 
 
A declaração do parlamentar ainda garante que a doação foi realizada dentro do permitido pela legislação com o objetivo de reeleger o governador, e a partir do dinheiro pessoal do emedebista. "Camilo faz um dos melhores governos da História do Ceará e a gestão mais bem avaliada do Brasil", avalia. 
 

Pelos ceareneses
 
A dupla, hoje aliada, fez uma reaproximação controversa para as eleições. Desde 2014, o clã político dos Ferreira Gomes rompeu com Eunício. À época, o emedebista concorreu ao Governo do Estado contra Camilo Santana, e foi derrotado. Até o fim do ano passado, o senador adotava discurso crítico contra os ex-aliados, mas, a partir do segundo semestre, eles passaram a se aproximar sob argumento de encontros “institucionais” com o objetivo de angariar recursos para o Ceará. A aliança foi reconhecida publicado em novembro de 2017.

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