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Empresário se defende de acusações feitas pelo prefeito de Quixadá

Ernani Telles se defendeu das acusações de Ilário Marques (PT), apresentando documentos e informações que submeteu ao Ministério Público
23:38 | Ago. 17, 2018
Autor Izadora Paula
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Izadora Paula Estagiária do portal O POVO Online
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Tipo Notícia
Após ser afastado por pedido do Ministério Público do Ceará (MPCE) por crimes de falsidade e desvio de verba pública do serviço de coleta de resíduos sólidos, o prefeito de Quixadá, Ilário Marques (PT), por meio de nota à imprensa, culpou o empresário Ernani Teles por seu afastamento. Diante disso, Ernani esclarece que o único culpado é o próprio Ilário, por conta de seus próprios atos e práticas de gestão à frente da prefeitura de Quixadá.
 
De acordo com o MPCE, a infração consistia na adulteração de documentos, que informavam quantidades superiores de entrada de lixo no aterro sanitário do município. A Justiça também rompeu sigilos bancário e fiscal dos alvos da operação.

Ernani afirma que fechou e recuperou o lixão, construiu estação de transbordo do lixo, um muro de 120 metros e ainda recuperou um galpão da antiga usina de triagem que havia no local, tudo com recurso próprio.
 
“Acontece que depois de todo o investimento que fiz o prefeito Ilário só honrou o pagamento do primeiro mês do contrato de 80 mil reais, no segundo e no terceiro mês pagou 60 mil reais, no quarto mês só pagou a metade do contrato, ou seja, 40 mil reais, e no quinto e sexto mês não pagou absolutamente nada, tendo assim descumprido o contrato e obrigando a empresa a paralisar seus serviços de transporte e recebimento do lixo da cidade de Quixadá.”
 
Segundo Ernani, desde o primeiro mês sofreu vários tipos de ameaça e coação por parte do prefeito e dos secretários que foram afastados junto com o prefeito.
 
“Fui coagido a emitir manifestos de volumes e quantidade de lixo maiores que o real para justificar o pagamento de valores absurdos sobre a coleta de lixo no município de Quixadá para favorecimento do prefeito. Em janeiro, me exigiram também fazer um contrato retroativo a novembro de sessão de doação de hora máquina e caçambas com intuito de justificar licitação para a compra de combustível além do real consumido pelos meus equipamentos. Tudo o que afirmo tenho provas e documentos que já estão de posse do Ministério Público.”
 
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"A chefe de gabinete Ana Patrícia Cristina Martins, que foi afastada também, me ameaçou dizendo que só me paga o que estão me devendo se eu entregasse os relatórios e contratos que eles pedem. Fizeram todo tipo de ameaça e provocação", informou ele. 
 
O empresário afirma que cobra um valor fixo por habitante, não por peso. Segundo ele, já que a nota é fechada ele não precisa gerar um relatório de pesagem. "Eu não cobro por tonelada, cobro por habitante. Um real por habitante, já pra não haver esse tipo de falcatrua".
 
Ele também afirma que a equipe que foi afastada o coagia a fornecer documentações totalmente desnecessárias, como um termo de cessão de máquinas e equipamentos, que foi solicitado a ele por José Humberto Torres, responsável pela Controladoria do Município, que também foi afastado. "No e-mail enviado por ele, existe a solicitação de que eu preencha e assine esse termo e um anexo, inclusive informando que eles podem ser "objeto de alteração. Querendo que eu fizesse um contrato, deixasse em aberto para que eles pudessem adulterar mais ainda".
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De acordo com o e-mail, que foi apresentado ao O POVO Online, o termo foi solicitado no dia 4 de janeiro, mas a prestação do serviço teve fim em novembro.
 
Com informações da repórter Alexia Vieira 

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