"Político não é showman", diz Alckmin sobre impopularidade no Nordeste

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A quase quatro meses das eleições presidenciais, o pré-candidato Geraldo Alckmin concedeu entrevista na manhã desta segunda-feira, 25, em entrevista ao programa Passando a Limpo da Rádio Jornal, e disse que político não tem o dever de ser "showman" para aumentar sua popularidade.

 

Perguntado sobre a ausência de vestimentas típicas em sua visita a Caruaru e até onde ele iria para conseguir o voto nordestino, Alckmin destacou o que considera como dever do político. "Eu tenho uma linha de pensamento que o politico não é "showman", político tem que resolver os problemas do povo, tem que agir com competência, humildade, ouvir a população, escutar os problemas e buscar as melhores decisões", disse o ex-governador de São Paulo. 

Alckmin, que esteve em Caruaru, agreste pernambucano, no último fim de semana em consequência das celebrações do São João, afirmou que a única saída para o crescimento da região nordestina, é que o Brasil ao todo avance. "O Nordeste vai melhorar e pode melhorar mais que o Brasil, a partir do momento que o restante do País cresça, como cresceu da década de 30 para a década de 80. Durante 50 anos, crescemos 5%", relatou. 

Sobre a impopularidade dos governadores paulistas no Nordeste, Alckmin garantiu que se na sua chapa tiver um candidato nordestino, ela estará bem representada. "Acho que nos vamos crescer levando essa mensagem 'quero ser o presidente do nordeste'. A chapa estará muito bem representada se tiver alguém do Nordeste, vai depender das alianças que serão apresentadas em breve", explicou o ex-governador. 

Quando questionado sobre como poderia haver melhorias para o Nordeste e outras regiões brasileiras, o tucano afirmou que o País precisa parar de gastar mais do que arrecada e, assim, sair do deficit. "Há 6 anos o governo mais gasta do que arrecada. Ele gasta perto de 130 milhões em deficit primaria, imagine dever 70% do PIB. Isso cresce por minuto. E as dividas só crescem. É gravíssima a situação, a população não está ciente da situação econômica do Brasil", disse Geraldo Alckmin. 

"O caminho é o Brasil voltar a crescer e a resposta é o emprego, precisa de empregos. Um governo que traga confiança, vai ter investimento privado. Você também pode ter investimento privado para a infraestrutura", acrescentou.  

Com relação a falta de confiança na política brasileira, Alckmin acredita que a saída seria uma reforma nos partidos. "É uma frustração generalizada. Mais da metade não foi votar nas ultimas eleições (na verdade ele refere-se a eleição de governador no Tocantins, onde quase 50% dos eleitores não compareceram às urnas). É necessário uma reforma politica para os brasileiros terem menos partidos políticos, para ficar mais organizado", explicou. 

 

Do Jornal do Commercio*

Via Rede Nordeste