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Em nota, Palácio reafirma que Temer não incentivou pagamentos a Cunha

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21:54 | Jun. 14, 2018
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“É mentirosa a insinuação de que o presidente Michel Temer incentivou pagamentos ilícitos ao ex-deputado Eduardo Cunha e a Lúcio Funaro. Isso jamais aconteceu. […] Apesar da ausência absoluta de provas, investigadores insistem em retirar do contexto diálogos e frases para tentar incriminar o presidente da República”, diz um trecho da nota, assinada pela Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República (Secom).
  
O assunto surgiu em maio do ano passado após delação do empresário Joesley Batista. Ele gravou uma conversa com o presidente da República e usou o áudio para acusá-lo à Justiça. É nessa gravação que se ouve o presidente dizendo “tem que manter isso, viu?”.
  
Segundo Joesley, a frase de Temer tem conexão com pagamentos ilícitos a Cunha. Mas a gravação não deixa isso claro e abriu margem para a defesa do presidente. Temer defende que a frase é uma resposta à afirmação do empresário, que disse estar “de bem” com Cunha. O próprio ex-deputado já negou algumas vezes essa tentativa de silenciá-lo.
  
A notícia instalou uma crise no governo, que só arrefeceu após a rejeição de duas denúncias contra Temer na Câmara dos Deputados. Após deixar a presidência, porém, ele responderá à Justiça pelas acusações.
  

Veja a nota da Secom na íntegra:
  
"Nota à imprensa
  

É mentirosa a insinuação de que o presidente Michel Temer incentivou pagamentos ilícitos ao ex-deputado Eduardo Cunha e a Lúcio Funaro. Isso jamais aconteceu. A gravação do diálogo com Joesley Batista foi deturpada para alcançar objetivo político. A verdade é que, na conversa grampeada, quando o empresário diz que mantinha boa relação com o deputado, o presidente o incentiva a não alterar esse quadro. Segue a transcrição desse trecho do diálogo:
  
Joesley – “Eu tô de bem com o Eduardo”
  
Michel Temer – “Tem que manter isso, viu?”
  
Portanto, não tem nada a ver com aval a qualquer pagamento a quem quer que seja. Assim, é ridículo dizer que houve obstrução à Justiça e, muito menos, relativamente a qualquer caso envolvendo integrantes da Magistratura e do Ministério Público. O presidente não tinha nomes, e nem sequer sabia que o procurador Marcelo Müller estava trabalhando para a J&F da família Batista.
  
Apesar da ausência absoluta de provas, investigadores insistem em retirar do contexto diálogos e frases para tentar incriminar o presidente da República. Perpetuam inquéritos baseados somente em suposições e teses, sem conexão com fatos reais."
  

Redação O POVO Online

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