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Cinco motivos que podem levar Alckmin, desta vez, à Presidência

O POVO Online aponta elementos da pré-campanha do tucano que podem dar vantagem na corrida ao Palácio do Planalto
09:12 | Jun. 21, 2018
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Geraldo Alckmin (PSDB) deve chegar às urnas neste ano para sua segunda tentativa de ser escolhido pelos brasileiros para chefiar o Executivo nacional. Depois de 2006, quando foi para o segundo turno enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o tucano encontra agora cenário mais incerto.
 
Há 12 anos, no início da campanha, o petista conseguia reunir mais da metade das intenções de votos. Desta vez, Lula cumpre pena de 12 anos e um mês em Curitiba, no Paraná. A presença do ex-presidente como opção para os eleitores é incerta, e irá depender de julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Contudo, assim como à época em que enfrentou o ex-chefe do Executivo do Brasil, Alckmin terá um longo caminho para conseguir angariar votos.
 
Atualmente, o tucano tem 7% das intenções de votos (em cenários sem Lula), conforme pesquisa do instituto Datafolha divulgada no jornal Folha de S. Paulo. Foram entrevistadas 2.824 pessoas em 174 municípios, entre os dias 6 e 7 de junho.
 
O POVO Online lista cinco motivos que, desta vez, podem levar Alckmin ao Palácio do Planalto.
[SAIBAMAIS] 
Maior partido
Dentre os adversários diretos nas pesquisas, Alckmin tem o maior partido. A não ser em cenários em que enfrenta o ex-presidente Lula, o tucano está na sigla com maior número de deputados, governadores e senadores espalhados pelo País. O tamanho da legenda garante a ele minutos a mais na propaganda televisiva e maior parcela de financiamento público para a campanha, já que ambos são definidos pelo número de parlamentares do grupo. A capilaridade do PSDB também coloca o nome de Alckmin em muitos palanques locais.
 
Apoio dos setores
Historicamente, os tucanos têm bom diálogo e articulação com empresários e industriais do País. Além de apoio, tais categorias costumam cumprir papel fundamental no financiamento das campanhas. Em um eventual segundo turno, a aliança com os setores, somada à capilaridade da sigla, pode ser atrativa para que outros partidos se juntem ao PSDB.
 
Experiência no Executivo
Alckmin iniciou a carreira política como vereador de Pindamonhangaba, em 1973. Desde então, já ocupou cargos no Legislativo e no Executivo. Em 1977, foi eleito prefeito do município paulista. Ocupou o cargo de deputado estadual em 1983. Em 1987, foi eleito deputado federal. Até o último dia 6 de abril, o tucano era governador de São Paulo, onde cumpria o segundo mandato consecutivo, e deixou para concorrer à Presidência. Entre 1995 e 2001, o político foi vice-governador do estado, liderado por Mário Covas (PSDB). Ao todo, ocupou quatro vezes o comando do maior estado do Brasil. 
 
Base no maior colégio eleitoral
Há mais de uma década os paulistas são governados por tucanos. Após seis anos sob liderança de Mário Covas (PSDB) e mais quatro com Alckmin, Cláudio Lembo (PSD) cumpriu um mandato. Em seguida, governaram José Serra (PSDB), Alberto Goldman (PSDB) e, por último, o próprio Alckmin. São Paulo é uma das bases do partido. O estado também é o maior colégio eleitoral do País, o que faz dele estratégico para a legenda durante as eleições. Ao todo, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral de SP, são 33,6 milhões eleitores.
 
Temperamento tranquilo
Enquanto Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT) se caracterizam — e até recebem votos — pelo comportamento polêmico e agressivo, Alckmin costuma se esquivar de discussões públicas. De acordo com a última pesquisa do Datafolha, ele está em quarto lugar em nível de rejeição dentre os pré-candidatos. À frente dele estão os ex-presidentes Fernando Collor de Mello (PTC) e Lula (PT), além de Bolsonaro (PSL).
 
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