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Mesmo sob críticas, Temer manterá general Silva e Luna no Ministério da Defesa

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), por exemplo, afirmou em fevereiro deste ano que governos, sobretudo quando fracos, recorrer a militares
15:37 | Abr. 09, 2018
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O presidente Michel Temer (MDB) decidiu manter o general Joaquim Silva e Luna à frente do Ministério da Defesa, após analisar possíveis nomes para substituí-lo. Luna está no comando da pasta de forma interina desde a ida de Raul Jungmann para o Ministério da Segurança Pública. A informação é blog do jornalista Valdo Cruz, do portal G1
 
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Conforme o autor do blog, um interlocutor de Temer disse que ele decide pela manutenção de Silva e Luna diante da ausência de nomes como Nelson Jobim ou Jungmann, políticos de boa relação com as Forças Armadas e que já estiveram na pasta.
 
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A ideia do presidente, conforme a publicação, era colocar um civil como ministro - a reforma ministerial termina esta semana, quando ministros saem dos cargos para disputar as eleições.
 
Temer, inclusive, já havia sido criticado por deixar a pasta nas mãos de um general, o primeiro desde a criação do ministério. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), por exemplo, afirmou em fevereiro deste ano que governos, sobretudo quando fracos, recorrer a militares.  
 
No mesmo mês, o professor de Relações Internacionais na Universidade Estadual Paulista (Unesp) e ex-presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa, Alexandre Fuccille, classificou como equivocada a escolha de Temer, uma vez que, embora profissional e competente, era militar. Em entrevista à revista Carta Capital, ele defendeu que, se visto do ponto de vista das relações civis-militares e do ponto de vista de quanto falta para estabelecermos uma direção política civil e democrática sobre o conjunto militar, é um retrocesso lamentável. 
 
Vai e vem

Ainda nesta segunda-feira, 9, o presidente decidirá quem ocupará a Secretaria Geral da Presidência da República, já que Moreira Franco vai para o Ministério de Minas e Energia. Outro que deixa de ser interino é Marcos Jorge Lima. Agora, ele estará em definitivo como ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. 
 
O objetivo de Temer é empossar todos os novos ministros até esta terça-feira, 10. Com isso, a expectativa é de reorganização da base aliada no Congresso e voltar a aprovar projetos que lhe interessam. 
 
Redação O POVO Online 

 
 

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