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Michel Temer 'guardou' R$ 1 milhão no bolso, segundo diretor da JBS

Roberto Saud deu detalhes de suposto esquema que Temer teria se beneficiado, guardando dinheiro de caixa 2 de campanha em proveito próprio
18:47 | Mai. 19, 2017
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Após delação de Joesley Batista, o depoimento do diretor da JBS, Roberto Saud, pode complicar ainda mais o presidente Michel Temer (PMDB). Segundo o executivo, o peemedebista teria recebido R$ 15 milhões do Partido dos Trabalhadores (PT) para financiar sua própria campanha à Vice-Presidência, no ano de 2014. Entretanto, guardou R$ 1 milhão, conforme depôs Saud ao Ministério Público Federal (MPF).

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A delação com esta citação ao presidente Temer está no depoimento gravado ao MPF, divulgado à imprensa nesta sexta-feira, 19, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e veiculado pelo O Globo.

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Saud afirmou que, além de Temer, Gilberto Kassab teve o mesmo ato de guardar dinheiro de caixa 2 de campanha em proveito próprio. Kassab deixou o governo Dilma em abril de 2016 e passou a apoiar o impeachment da petista. Com a saída de Dilma, ele virou ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações.


"Eu já vi o cara pegar o dinheiro da campanha e gastar na campanha. Agora, ganhar um dinheiro do PT e guardar pra ele no bolso dele, eu acho muito difícil. Aí, ele e o Kassab fizeram isso. Só o Temer e o Kassab guardaram o dinheiro pra eles usarem de outra forma", disse Saud.


O executivo da JBS detalhou que os R$ 15 milhões repassados a Temer pelo PT foram repartidos para o PMDB (R$ 9 milhões), como "propina dissimulada em forma de doação oficial"; para o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (R$ 3 milhões); e para Duda Mendonça (R$ 2 milhões).


A quantia de R$ 1 milhão que sobrou, Temer teria guardado e entregue na sede da Argeplan Arquitetura e Engenharia, com sede em São Paulo, segundo delação de Saud. A companhia é de João Baptista Lima Filho, amigo de Temer, que já foi alvo de investigações da Operação Lava Jato.

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