Na lista de Fachin, Lustosa diz que a doação foi "legal"

O deputado federal Paulo Henrique Lustosa (PP-CE) teria solicitado e recebido R$ 100 mil do Grupo Odebrecht por ocasião da campanha eleitoral de 2010, quando disputou vaga para a Câmara dos Deputados.

O parlamentar, à época, era filiado ao PMDB. As informações constam no inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal para investigar o deputado, no âmbito da Operação Lava Jato.

A íntegra dos inquéritos foram divulgados na tarde desta terça-feira, 11, pelo Estadão. Eunício Oliveira e o deputado federal Paulo Henrique Lustosa (PP) são os cearenses que tiveram o nome na relação de inquéritos abertos pelo relator da Operação Lava Jato, o ministro Edson Fachin, que acatou denúncia do Ministério Público Federal.

De acordo com o documento, Lustosa era identificado na empresa pelo apelido "Educador". O Grupo Odebrecht também contribuiu para a campanha de 2014, por meio de doação oficial. O parlamentar foi citado na delações de Cláudio Melo filho e José de Carvalho Filho.

Defesa

Em contato com O POVO, o deputado Paulo Lustosa afirmou que já esperava que seu nome estivesse na lista do ministro Edson Fachin. Ele confirma que recebeu a doação no valor de R$ 100 mil, conforme consta no inquérito, mas alega que o valor é referente a doação oficial e não oriunda de propina.

"Eu já esperava porque na lista do Cláudio Melo, que eu saí como beneficiário de doação da Odebrecht, praticamente todo mundo que entrou vai estar na investigação", diz.

O deputado alega, no entanto, que o valor que recebeu como doação não é dinheiro irregular. "O próprio Cláudio Melo diz que a doação que ele fez foi por conta da minha relação com ele.Nos conhecemos desde a época da universidade. Foi uma doação legal e não teve nenhuma irregularidade. Foi na forma da legislação. Agora é esperar ser interpelado pela justiça e apresentar minha defesa", finalizou.

 

Redação O POVO Online

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