Defensores do impeachment trocam de estratégia
A ideia inicial era repetir o que foi feito em boa parte das sessões anteriores e "esvaziar" o plenário para acelerar esta fase do julgamento. Tanto que apenas 17 senadores estavam inscritos para fazer perguntas ao ex-ministro, a maioria apoiadores da presidente afastada. Contudo, senadores favoráveis ao afastamento da presidente começaram a se inscrever para fazer o embate com Barbosa - ao final, 32 senadores fizeram questionamentos.
A ação teve por objetivo tentar desconstruir o discurso de Barbosa de que Dilma não cometeu crime de responsabilidade. Os questionamentos foram mais técnicos a Barbosa, com poucos momentos mais tensos. No dia anterior, o plenário havia se tornado palco de um bate-boca acalorado entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Após as rusgas na noite de sexta Renan convidou senadores do PT para um jantar na noite de sexta. Participaram Jorge Viana (AC) e Lindbergh Farias (RJ). Viana afirmou que Renan reconheceu que se excedeu ao partir para o confronto com Gleisi. Na conversa, os petistas apelaram ao peemedebista para que pedisse aos parlamentares uma postara de respeito em relação a Dilma, que prestará depoimento amanhã.
Renan chegou a convocar uma reunião ontem a fim de discutir procedimentos da sessão. Antes do encontro, porém, senadores tentaram fechar um acordo por meio do qual base e oposição se intercalassem nas perguntas, mas governistas não concordaram. O encontro então foi cancelado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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