Supremo tem dever de se manifestar quando há cerceamento de defesa, diz Cunha
Em entrevista, Cunha fez uma série de críticas aos procedimentos do Conselho de Ética e da CCJ, aos quais considera irregulares. "Vou ter o direito ainda de fazer muitos recursos e irei fazê-los para exercer o meu direito de defesa", disse. Questionado se haveria tempo para a análise do Judiciário, dado o período de recesso e a previsão de votação do processo em plenário já no mês que vem, respondeu que irá entrar com um pedido de liminar na Corte no dia 1º de agosto.
O parlamentar se mostrou confiante na reversão do quadro para que consiga salvar seu mandato. Afirmou ainda que vai pessoalmente ao plenário para fazer sua defesa. Sobre a possibilidade de ter processos transferidos para a primeira instância da Justiça caso perca o mandato, respondeu: "Não tenho medo de nada".
Ao deixar a Câmara - enquanto ouvia gritos de "tchau, querido" -, Cunha ainda afirmou que pretende sair da residência oficial da presidência da Casa "o mais rápido possível", ressaltando que certamente será até o fim deste mês. O imóvel é um dos últimos direitos de presidente da Câmara que o peemedebista ainda desfruta depois de renunciar ao cargo.
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