Madrinha de escola de samba nega saber origem de dinheiro de ex-tesoureiro do PT
Viviane Rodrigues também negou conhecer informações financeiras da escola de samba
Em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta quinta-feira, 7, Viviane disse que "era muito focada no trabalho, muito séria". "Eu era uma funcionária normal. Recebi porque ninguém trabalha de graça. Muita gente está me pré-julgando, me colocando como uma criminosa. Não sei de onde vinha o dinheiro. Sei que não devo nada a ninguém."
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AssineViviane afirmou que a última vez que conversou com o ex-tesoureiro do PT foi na semana passada e que ainda mantém um contato regular com ele. "Temos ainda uma amizade como com todo mundo que trabalhou na campanha dele. Não tem o que esconder."
Questionada se se sentia triste por ter trabalhado para alguém que está preso, ela falou estar triste "pela situação". "Sinto por ele. Tenho respeito pela pessoa, mas, se fez, tem que responder."
O caso
Ferreira foi preso há duas semanas, alvo de outra missão da PF, a Operação Custo Brasil, que investiga suposto desvio, entre 2010 e 2015, de R$ 100 milhões de empréstimos consignados no âmbito do Ministério do Planejamento durante a gestão do ex-ministro Paulo Bernardo, também investigado no caso.
Já a Abismo investiga fraude na licitação de quase R$ 1 bilhão da construção do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes).
Um delator da Abismo, o advogado Alexandre Romano, o Chambinho, entregou à Procuradoria da República recibos de depósitos, a pedido do ex-tesoureiro do PT, para a madrinha de bateria da escola de samba Restinga. Entre 2010 e 2012, Viviane teria recebido R$ 61,7 mil em 18 parcelas.
Os investigadores suspeitam que ela recebeu um "mensalinho" do ex-tesoureiro do PT com dinheiro de propina da fraude na licitação do Cenpes. A Operação Abismo contabiliza propina global de R$ 39 milhões no negócio.
"Os documentos apresentados por Alexandre Romano comprovam a realização de diversos depósitos a Viviane da Silva Rodrigues, que, segundo o colaborador, seria amiga de Paulo Ferreira e seu contato com blocos carnavalescos", sustenta a Procuradoria da República.
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