Acaba manifestação pró-impeachment em Copacabana
O público se concentrou em um trecho de cerca de 500 metros da pista da Avenida Atlântica, junto ao calçadão, entre os postos 4 e 5. A avaliação do Movimento Vem Pra Rua, que convocou o ato, foi de que a adesão "foi além da esperada".
"Estamos comemorando. As pessoas ainda estão mobilizadas. Achei que o clima de 'já ganhou' pudesse atrapalhar. Mandamos o nosso recado para a imprensa internacional: não toleramos mais a corrupção no Brasil" disse Adriana Balthazar, do Vem Pra Rua.
"Demos mais de 20 entrevistas para jornalistas da Nova Zelândia, Austrália, Holanda, China e Japão". Segundo Adriana, a presença dos jornalistas foi espontânea, estimulada pela presença internacional no Rio para a Olimpíada, que começa na próxima sexta-feira, 05.
Turistas ouvidos pela reportagem não sabiam do que tratava a manifestação. "Não sei o que está acontecendo. Vi poucas notícias sobre a situação política no Brasil antes de vir", disse o engenheiro francês Guillaum La Pesq, de 26 anos, que veio para os Jogos. "Estou explicando a ele que estas são pessoas que apoiam uma manobra política que vai contra mudanças sociais no País", contou a historiadora Aline Martins, de 28 anos, amiga do francês.
O diretor do Movimento Brasil Democrata, Casé Carvalho, fez discurso em que anunciou o recolhimento de assinaturas de brasileiros para pedir a "extinção do PT". Ele disse que a mobilização será feita no Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e outras cidades, no fim de agosto, passada a votação do impeachment no Senado.
"O PT não é um partido político, é uma facção criminosa, comparável ao Comando Vermelho. Temos de aproveitar a presença da imprensa internacional para mostrar que tudo está sendo feito de forma constitucional, já que a Dilma anda por ai dizendo que foi golpe", disse Carvalho.
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